Ecos de uma guerra por petroléo

Tempos atrás, os responsáveis norte-americanos asseguraram: a invasão do Iraque − que completará dez anos no dia 20 de março de 2013 − não tinha como objetivo a exploração do petróleo, mas sim a busca por armas de destruição em massa. Entretanto, documentos recentemente desclassificados pelos EUA mostram outra história

por Jean-Pierre Séréni

Membros da unidade de antiterrorismo iraquiana protegem instalação de petroléo na cidade de Basra

Para a população iraquiana, é muito claro; para os falcões do Pentágono, um contrassenso. A guerra do Iraque, que desde março de 2003 fez ao menos 650 mil mortos, 1,8 milhão de exilados e tantas outras pessoas deslocadas, foi uma guerra pelo petróleo? Graças a uma série de documentos norte-americanos recentemente desclassificados1 e apesar das negações de George W. Bush, de seu vice-presidente Dick Cheney, de seu ministro da Defesa Donald Rumsfeld, assim como de seu fiel aliado Tony Blair, primeiro-ministro britânico no momento da invasão, o historiador agora pode responder a essa pergunta com uma afirmativa.

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Biodiversidade do Pampa está ameaçada por florestas artificiais

Eucaliptos e pinheiros cobriram 25% do bioma nos últimos cinco anos. A sombra das árvores impede o desenvolvimento das plantas nativas e abre espaço para espécies invasoras

por Karina Toledo/ Agência FAPESP

Poucas plantas nativas dos pampas sobrevivem debaixo de eucaliptos e pinheiros. Há pouca luz disponível e as espécies de campo aberto precisam de muito sol

Em estados como Mato Grosso e Pará, a Floresta Amazônica está sendo transformada em pasto. No Rio Grande do Sul ocorre o problema inverso: a vegetação campestre dos pampas – que há séculos convive em harmonia com a pecuária – está sendo dizimada para dar lugar a florestas plantadas pelo homem.

O impacto visual da destruição pode ser maior na Amazônia, mas se engana quem pensa que a perda biológica no Bioma Pampa é menor. Segundo levantamento coordenado pela professora Ilsi Boldrini, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), os campos sulinos concentram uma diversidade vegetal três vezes maior que a da floresta, quando se leva em conta a proporção da área ocupada por cada bioma.

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Enchentes

Além dos mais variados problemas causados pelo homem que assolam as grandes cidades, outros fenômenos que contam com grande participação da natureza também dificultam a vida nos centros urbanos: as enchentes.

por Aline Aquino

As áreas urbanas são as que mais expressam as intervenções humanas no meio natural. O desmatamento, as edificações, a canalização, a mudança do curso dos rios, a poluição da atmosfera, dos cursos de água e a produção de calor geram diversos efeitos sobre os aspectos do ambiente. As alterações ambientais causadas pelas atividades urbanas são sentidas pela população, tais como o aumento da temperatura nas áreas centrais, o aumento de precipitação e as enchentes. Essa última consequência do processo de urbanização teve como causa principal a construção de casas, indústrias, vias marginais implantadas nas áreas de várzeas dos rios e proximidades e é, atualmente, um problema constante nos períodos chuvosos nos principais centros urbanos.

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Nova teoria explica o que havia antes do Big Bang

Cientistas da Universidade de Penn State (EUA) desenvolveram um novo paradigma para compreender as primeiras eras da história do universo.

Usando técnicas de uma área da física moderna desenvolvida na Universidade e conhecida como cosmologia quântica, os cientistas fizeram análises extensas que incluem a física quântica na história do universo desde o seu princípio.

O novo paradigma mostra, pela primeira vez, que as estruturas de grande escala que agora vemos no universo podem ter evoluído de flutuações fundamentais da natureza quântica essencial do “espaço-tempo” que existiam no início do universo, mais de 14 bilhões de anos atrás.

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Vaticano afirma que Teoria da Evolução é compatível com o Criacionismo

Segundo representantes do Vaticano, a Teoria Evolucionista de Darwin seria compatível com a versão da história de Adão e Eva no Jardim do Éden.

O Arcebispo Gianfranco Ravasi, chefe do Pontifício Conselho de Cultura, disse que apesar da Igreja ter sido contrária ao evolucionismo, raízes da idéia de Darwin poderiam ser rastreadas até São Tomás de Aquino e São Agustinho.

Segundo o padre Giuseppe Tanzella, Professor de Teologia da Pontifícia Universidade de Santa Cruz, em Roma, São Agustinho nunca usou o termo “evolução”, mas sabia que peixes menores eram comidos pelos maiores e que as formas de vida se transformavam com o passar dos anos. Tomás de Aquino,de acordo com Tanzella, também tinha idéias similares.

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Dia do Graffiti: arte de rua, poesia e protesto

Ele caminha em cores por vias cinzas. Provoca o olhar para a cidade. Torna muros sociais visíveis. Ácido, metáfora, antítese

Por Carolina Gutierrez

Enfeitar a cidade, transformar o urbano com uma arte viva,
popular, da qual as pessoas participem,
é a minha intenção.
 (Alex Vallauri)

Para começo de conversa é graffiti! Grafite é aquele bastão fininho que tem dentro do lápis que serve para escrever. Mas graffiti também é escrita. Escrita inscrita nas paredes da cidade. É cor, linguagem, textura, arte, intervenção, protesto, provocação.

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