Ipea apresenta mapa das armas de fogo no Brasil

O Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), em parceria com o Viva Rio, realizou na segunda-feira (1/4), no Rio de Janeiro, o evento “Armas e Homicídios: Dois Anos do Massacre de Realengo”, com um debate com autoridades, especialistas e sociedade civil acerca da importante questão do desarmamento e suas implicações para o Brasil.

O diretor de Estudos e Políticas do Estado, das Instituições e da Democracia (Diest/Ipea), Daniel Cerqueira, apresentou dados do mapa das armas de fogo no Brasil. O mapa mostra a evolução anual da quantidade de armas por microrregiões brasileiras, de 1996 a 2010.

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Opinião: Defesa e segurança no século XXI

José Monserrat Filho*

“A eliminação da guerra é o nosso principal problema.” Hans Kelsen, jurista e filósofo austríaco.

Este tema é um super desafio global. Basta ir à Feira Internacional de Defesa e Segurança “LAAD Defence & Security”. Você vê vendedores, compradores, tecnólogos, especialistas em marketing e geoestratégia de dezenas de países. São fabricantes, fornecedores, pesquisadores e consumidores (públicos e privados) de tecnologias e equipamentos (inclusive espaciais), e serviços para as Forças Armadas, Polícias, Forças Especiais e para empresas de segurança corporativa.

A LAAD, em sua 9ª edição, terá lugar novamente nas amplas dependências do Centro de Convenções e Exposições Riocentro, no Rio de Janeiro, de 9 a 12 de abril próximo. E, claro, deve revelar o estado da arte dos produtos e serviços necessários às ações de defesa e segurança pública e corporativa, além de promover debates sobre as questões pertinentes no mundo atual.

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Estudos sobre as reivindicações russas no Oceano Ártico estão em fase de conclusão

Rússia quer reconhecimento de sua plataforma continental

A Rússia está concluindo os estudos e as formalidades legais que irão basear, perante a ONU, as suas reivindicações em relação ao Oceano Glacial Ártico. O país pretende apresentar à Comissão de Direito Naval da Organização das Nações Unidas, até o final de 2013, um minucioso relatório que fundamentará o seu pedido de reconhecimento à extensão da sua plataforma continental.

Os estudos serão apresentados pelos Ministérios dos Negócios Estrangeiros, da Ciência e da Educação, tendo por base as pesquisas realizadas por diversos especialistas da Academia de Ciências da Rússia e da Sociedade de Geografia da Rússia.

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Geopolítica: Disputa entre China e Índia pela África expõe diferença nos Brics

Na competição por recursos e mercados globais, os Brics são ao mesmo tempo parceiros e concorrentes. O dilema fica evidente na corrida bilionária de chineses e indianos no continente africano.

Os números impressionam: o comércio entre China e África do Sul passou de 1,5 bilhão para 60 bilhões de dólares em 15 anos. Os investimentos chineses no país chegam a 10 bilhões de dólares. A África do Sul é hoje, de longe, o maior parceiro comercial da China na África.

Com um sistema bancário e financeiro de primeira categoria e uma excelente infraestrutura, a África do Sul é a porta de entrada ideal para a China num continente africano em expansão. Além disso, o portfólio e o engajamento chineses entre a Cidade do Cabo e o Cairo crescem constantemente. E incluem um volume de negócios na ordem de 100 bilhões de euros, obras gigantescas de infraestrutura e programas de apoio de bolsas de estudo.

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475 brasileiros foram vítimas de tráfico internacional

Maioria das vítimas foram mulheres, que sofrem abusos e exploração sexual

Entre 2005 e 2011, 475 brasileiros, na maioria mulheres, foram vítimas de tráfico internacional de pessoas, geralmente voltado para exploração sexual. No mesmo período, a Polícia Federal abriu 157 inquéritos para investigar esse tipo de crime, que resultaram em 381 indiciamentos e apenas 158 prisões.

Os dados, divulgados nesta terça-feira (26) pelo governo federal no lançamento do II Plano Nacional de Enfrentamento do Tráfico de Pessoas, indicam que menos da metade dos crimes investigados levam à punição dos autores.

A situação é ainda mais grave porque, apesar das campanhas de esclarecimento, é alta a subnotificação de casos, segundo informou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ao lançar o plano em conjunto com as ministras da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci; e da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário.

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Cientistas propõe Antropoceno como nova era geológica

Pesquisadores alegam que intervenção humana provoca mudanças irreversíveis no planeta. Marcas da civilização caracterizariam época antropocena, onde homem e natureza são indivisíveis: uma nova era de responsabilidade.

A escala de tempo geológico estabelece éons, eras, períodos, épocas e idades que permitem categorizar diferentes fases desde a formação do planeta. Há aproximadamente 11,7 mil anos, estudos focam a chamada época holocena. Mas a comunidade científica propõe uma revisão desse conceito: o novo período, chamado de Antropoceno, estabelece uma ligação intrínseca entre o ser humano e a natureza.

Em outros tempos, as paisagens eram determinadas por rios, vulcões, o movimento da Terra e mudanças climáticas naturais. Hoje, a interferência humana afeta diretamente esse processo. Tal visão implica uma mudança radical na ciência, pois não se pode mais conceber um processo evolutivo natural sem a interferência do homem e da tecnologia.

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