Ecos de uma guerra por petroléo

Tempos atrás, os responsáveis norte-americanos asseguraram: a invasão do Iraque − que completará dez anos no dia 20 de março de 2013 − não tinha como objetivo a exploração do petróleo, mas sim a busca por armas de destruição em massa. Entretanto, documentos recentemente desclassificados pelos EUA mostram outra história

por Jean-Pierre Séréni

Membros da unidade de antiterrorismo iraquiana protegem instalação de petroléo na cidade de Basra

Para a população iraquiana, é muito claro; para os falcões do Pentágono, um contrassenso. A guerra do Iraque, que desde março de 2003 fez ao menos 650 mil mortos, 1,8 milhão de exilados e tantas outras pessoas deslocadas, foi uma guerra pelo petróleo? Graças a uma série de documentos norte-americanos recentemente desclassificados1 e apesar das negações de George W. Bush, de seu vice-presidente Dick Cheney, de seu ministro da Defesa Donald Rumsfeld, assim como de seu fiel aliado Tony Blair, primeiro-ministro britânico no momento da invasão, o historiador agora pode responder a essa pergunta com uma afirmativa.

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