Técnicas de Chute

A técnica do chute consiste basicamente em analisar racionalmente as alternativas da questão. Os critérios mais importantes a serem analisados são:

» divergências;

» estatística;

» semelhanças;

» eliminação de hipóteses absurdas; e

» a eliminação das respostas generalizadoras.

          As menos importantes e que usaremos em último caso será o “critério da letra A” e a “cara do cartão de respostas”. Vamos falar sobre cada um. Trabalharemos com probabilidades, ou seja, tendência, chance e tentativa de acerto. Nem sempre a resposta certa será a que a técnica indicar.

Divergências

          Podemos ter assuntos controvertidos numa questão, principalmente as de Humanas: História e Geografia. Essas disciplinas podem ter abordagens diferenciadas segundo a convicção político ideológico doutrinária do autor.

          A técnica, nesse caso, consiste em chutar segundo o que pensa a banca examinadora e a bibliografia indicada por ela.

          As técnicas mais importantes são as citadas. Ainda assim, se tudo o mais falhar, ainda temos duas dicas, porém bem menos confiáveis. Só as use em último caso, se as técnicas acima não puderem ser aplicadas ou como confirmação delas.

Estatística

          A tendência é que no rol de respostas, um elemento correto esteja repetido várias vezes. A intenção do examinador é não facilitar a vida do candidato. Não fosse assim, bastaria identificar o tal elemento correto e pronto, mataríamos a questão.

Exemplo:

A ( ) papel e pedra
B ( ) tesoura e pedra
C ( ) papel e pau
D ( ) papel e tesoura
E ( ) tesoura a algodão

          Repare que a resposta que mais se repete é “papel e tesoura”, por isso a resposta “D” tende a ser a mais correta.

Semelhança

          Quando duas ou mais respostas assemelham-se muito, a tendência é que uma delas seja a correta. Aqui a intenção da banca é confundir quem sabe um pouco mais.

Exemplo:

A ( ) 15,5
B ( ) 16,7
C ( ) 18,5
D ( ) 19,5
E ( ) 19,7

A tendência é que a D ou E sejam as corretas. Repare também que aplicando o critério da estatística (acima) a tendência é confirmada: D ou E por causa do “19,” e D por causa do “,5″.

Eliminação das hipóteses absurdas

          Acreditamos que esta seja a mais utilizada. Nas questões, pelo menos uma das respostas é absurda. Eliminando-se uma resposta absurda numa prova com quatro alternativas, a probabilidade de acerto sobe de 25% para 33%. Eliminando mais uma, sobe para 50%!

         A técnica consiste em desconfiar de tudo que atente contra a lógica, os princípios ou o bom senso. Aquela resposta não lhe parece bem? Soa mal ou sente que está esquisito? Você pode estar certo. Essa resposta tende a estar errada.

Eliminação das generalizadoras

          Cuidado com as respostas que generalizam sobre algum assunto. Como diz o ditado, “toda regra tem sua exceção”. Então se for chutar, elimine as alternativas com palavras que não abram espaços para exceções. Veja alguns exemplos:

todo(a)(os)(as), tudo, total, totalmente, completo, completamente, só, somente, pleno, plenamente, incondicional, incondicionalmente, simplesmente, puramente, integral, integralmente, ocasional, ocasionalmente, definitivamente, nenhum(a), ninguém, nunca, perfeitamente, sempre, sem exceções, jamais

          Como dito antes, eliminando-se uma resposta numa prova com quatro alternativas, sua probabilidade de acerto sobe de 25% para 33%. Eliminando duas, sobe para 50%!

A letra “A”

          Como é a primeira opção, o examinador tende a colocar a resposta certa em outras alternativas, para não apresentá-la logo de cara. Na letra “A” banca gosta de colocar as respostas “cascas de banana”.

Então, quando não souber a resposta e for chutar, e as técnicas mais confiáveis não funcionarem, você pode evitar a letra “A”.

A cara do cartão de respostas

           O examinador também tende a não colocar todas as respostas na mesma letra. Senão o candidato que chutasse todas as questões numa determinada letra, se estivesse com sorte, seria aprovado. Logo, se olhando para o cartão de respostas reparar um menor número de uma das letras, mais chance existe de a resposta ser essa letra.

          Por exemplo, você está em dúvida entre a B e a C. Mas, olhando para o cartão de respostas, você vê que as duas questões anteriores e também nas duas posteriores você marcou B. Então você pode tentar na C. Ou então a maioria das respostas são A, C e D. Existe uma probabilidade que a outra seja B. Mas atenção: só use essa técnica em último caso!

Sabendo que existem essas técnicas os componentes da banca não poderiam mudar seu comportamento?
Pode! Mas é muito difícil. Primeiro porque ela tem que levar em consideração a média das pessoas; Segundo porque, se não seguir as regras acima, estará facilitando a vida de quem sabe alguma coisa. Ou seja, o examinador não tem muita saída.

          Então, não subestime a técnica do chute. Ela é uma atividade tão inteligente quanto estudar e responder, e é uma ferramenta que pode te diferenciar dos demais candidatos. Esteja preparado também para, quando tudo o mais falhar, ter essa carta na manga quando for marcar o X.


Fonte: http://www.geomundo.com.br/sala-dos-professores-20139.htm 

Deixe um comentário