Aids: história e informação

Doença infecciosa revolucionou o mundo, transformando a sociedade, seus hábitos e costumes, principalmente, no que se refere ao sexo, justamente por se alastrar também por meio de sua prática

Breno Rosostolato*

O tema da aids é sempre recorrente na mídia, pela importância de sua discussão e pelo fato de ser uma doença incurável.

Nos últimos anos, as tentativas de se chegar a uma cura criaram uma esperança e uma perspectiva de que logo contemplaremos a erradicação desse mal, que assola a sociedade há 33 anos, desde os primeiros casos, nos Estados Unidos, em 1981. Uma pandemia que se apresentava quando 41 jovens homossexuais apresentaram sarcoma de Kaposi, um câncer raro, que até então se manifestava quase somente em idosos que morriam logo em seguida, ao se internarem no hospital. Durante um tempo, a doença, inclusive, foi chamada de “câncer gay”, batizada de GRID (sigla em inglês para “imunodeficiência relacionada aos gays”), o que determinou o conceito equivocado de “grupo de risco” e estigmatizou os homossexuais, acentuando o preconceito. Quando a doença começou a se manifestar em heterossexuais, mulheres e crianças, sua sigla mudou para aids (em português, com a definição “síndrome da imunodeficiência adquirida”). Em 1983, Robert Gallo e Luc Montagnier descobriram esse novo retrovírus e publicaram suas descobertas na revista científica Science. Continuar lendo

O lado mais sujo da Monsanto

Para impor seus produtos em todo o mundo, empresa mobiliza agências de espionagem norte-americanas, vigia cientistas e dispara ataques cibernéticos

Por Marianne FalckHans Leyendecker Silvia Liebrich, no Süddeutsche Zeitung |Tradução: Regina Richau Frazão | Imagem: Eric Drooker

O grupo americano Monsanto (1) é um gigante no agronegócio – e é o número um na área da controvertida tecnologia genética “verde”. Para seus opositores, a Monsanto é um inimigo assustador. E continuam acontecendo coisas intrigantes que fazem o inimigo parecer ainda mais aterrorizante.

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Para compreender as novas ciberguerras

Novo tipo de confronto bélico já começou. Como Estados e exércitos capacitam-se para bloquear capacidade militar de adversários, atingir instalações industriais e própria população civil

Por Cauê Seignemartin Ameni

O general prussiano Carl von Clausewitz ficou conhecido pela frase em que apontava a associação entre guerra e política: “A guerra é a continuação da política por outros meios”. Um século e meio depois, o filósofo francês Michel Foucault inverteu a equação, afirmando que “a política é a continuação da guerra por outros meios”, ao alegar ser a guerra civil o paradigma da sociedade moderna. Há controvérsias sobre qual das formulações é mais adequada, razão, mas algo parece certo: está surgindo uma nova modalidade de conflito, que pode transformar, nas próximas décadas, tanto a natureza dos conflitos bélicos quanto suas implicações políticas. Continuar lendo

‘Brasil pode ser 1º país a derrotar a Aids’

JOHANNA NUBLAT

Um brasileiro acaba de ser escolhido pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, para coordenar as políticas públicas da Unaids (braço da organização contra a Aids).

Luiz Loures vai assumir em janeiro a vice-diretoria executiva dos programas da entidade e também um cargo mais político, o de secretário-geral assistente da ONU.

O médico foi um dos pioneiros no cuidado a pacientes com Aids no Brasil. Loures está há 16 anos na Unaids, hoje em Genebra.

Ele diz que espera ver o fim da epidemia da Aids em 15 anos.

Mas, para isso, é preciso quase dobrar o número de pessoas em tratamento, investir em diagnóstico precoce e no fim do preconceito.

O Brasil, opina, tem condições de ser o primeiro país a declarar o fim da Aids. Continuar lendo