Álcool mata mais do que aids e violência

Relatório da OMS alerta que ingestão nociva de bebidas alcoólicas faz mais de três milhões de vítimas por ano no mundo. Consumo no Brasil é mais alto do que a média global

Em um estudo feito em 194 países, as mortes relacionadas a bebidas alcoólicas corresponderam a 5,9% do total de 2012

O consumo nocivo de álcool causou a morte de 3,3 milhões de pessoas no mundo em 2012, segundo um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgado nesta segunda-feira 12.

Segundo o estudo, feito em 194 países, as mortes relacionadas a bebidas alcoólicas corresponderam a 5,9% do total de 2012, cifra superior às mortes ligadas ao HIV (2,8%), à violência (0,9%) ou à tuberculose (1,7%).

“Precisamos fazer mais para proteger a população das consequências negativas do consumo de álcool”, diz Oleg Chestnov, diretor-geral adjunto da OMS para doenças não transmissíveis e saúde mental. Continuar lendo

Aids: história e informação

Doença infecciosa revolucionou o mundo, transformando a sociedade, seus hábitos e costumes, principalmente, no que se refere ao sexo, justamente por se alastrar também por meio de sua prática

Breno Rosostolato*

O tema da aids é sempre recorrente na mídia, pela importância de sua discussão e pelo fato de ser uma doença incurável.

Nos últimos anos, as tentativas de se chegar a uma cura criaram uma esperança e uma perspectiva de que logo contemplaremos a erradicação desse mal, que assola a sociedade há 33 anos, desde os primeiros casos, nos Estados Unidos, em 1981. Uma pandemia que se apresentava quando 41 jovens homossexuais apresentaram sarcoma de Kaposi, um câncer raro, que até então se manifestava quase somente em idosos que morriam logo em seguida, ao se internarem no hospital. Durante um tempo, a doença, inclusive, foi chamada de “câncer gay”, batizada de GRID (sigla em inglês para “imunodeficiência relacionada aos gays”), o que determinou o conceito equivocado de “grupo de risco” e estigmatizou os homossexuais, acentuando o preconceito. Quando a doença começou a se manifestar em heterossexuais, mulheres e crianças, sua sigla mudou para aids (em português, com a definição “síndrome da imunodeficiência adquirida”). Em 1983, Robert Gallo e Luc Montagnier descobriram esse novo retrovírus e publicaram suas descobertas na revista científica Science. Continuar lendo