Por que fazemos guerras: As 10 teorias mais importantes sobre as causas da guerra

Ainda que, observando a situação com um pouco de perspectiva, guerras pareçam fazer pouco ou nenhum sentido, elas também são parte da condição humana. Temos registros de guerras antes mesmo do surgimento da escrita, e há até mesmo evidências de que alguns animais, como os chimpanzés e formigas, também guerreiam. Mas por que fazemos isso? Aqui estão dez das mais importantes teorias.

1. A hipótese do guerreiro masculino

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Formulada por um grupo de psicólogos evolucionistas, esta hipótese sugere que os homens evoluíram em seres violentos e bélicos a fim de garantir o acesso a mulheres e outros recursos. Essencialmente, formar coalizões violentas com outros homens era uma estratégia de acasalamento. O que fosse mais bem-sucedido na “coligação de guerra” seria o que se daria melhor no quesito “passar seus genes para frente”. Continuar lendo

O brasileiro é um povo fútil?

por Diogo Costa

No relatório de consumo de países emergentes do Credit Suisse, o Brasil é o país com um consumo “discricionário mais prevalente”, o que é uma forma educada de dizer que gastamos mais dinheiro com futilidades do que outros países emergentes.Entre os brasileiros com uma renda de até U$1.000 (mensurada pela paridade do poder de compra), 62% dos participantes disseram que pretendem comprar roupa ou tênis “de marca” nos próximos 12 meses.  A proporção sobe para 74% entre os que ganham mais de U$2.000, maior do que nos demais países emergentes do relatório.Lembrando que, mesmo considerando a paridade de poder de compra, “roupa de marca” é mais cara aqui do que em outros países emergentes. Continuar lendo

ESPECIAL DAVID HARVEY – 3 entrevistas realizadas com o geógrafo em sua última passagem pelo Brasil

O marxista que quer reinventar as cidades (I)

David Harvey provoca, em longa entrevista: é hora de adaptar ambiente urbano ao tipo de gente que queremos ser

Entrevista a Vince Emanuele | Tradução: Sônia Scala Padalino

Se vivemos em cidades que nos infernizam e aprisionam, qual a causa de sua desumanidade? E, mais importante: que caminhos permitirão transformá-las? As respostas, para esta questão crucial, raramente coincidem. Às vezes, são genéricas demais e paralisam: núcleos urbanos insuportáveis seriam consequência necessária de um sistema que coloca o lucro acima dos seres humanos. Só o fim do capitalismo abriria espaço para novas cidades. Em outros casos, as respostas são muito pouco ambiciosas. Diante de adversários poderosíssimos – o poder econômico e uma política institucional cada vez mais impermeável às aspirações sociais – deveríamos nos concentrar em humanizar espaços restritos. Uma bairro, uma praça, uma horta comunitária.

Acaba de percorrer três cidades brasileiras – Rio, Florianópolis e São Paulo – David Harvey, um pensador que busca, há décadas, soluções para este impasse. Geógrafo, Harvey é também marxista. Para ele, portanto, o degradação das cidades está associada ao capitalismo. Continuar lendo

Por um meio ambiente inteiro

A geodiversidade como novo caminho para uma Educação Ambiental completa

MARCOS ANTONIO LEITE DO NASCIMENTO*

O termo “meio ambiente” pode ser considerado, de forma geral, como sinônimo de natureza, compreendendo um local a ser protegido, respeitado e admirado. Este termo, a depender do ponto de vista, apresenta inúmeras definições, podendo ser caracterizado como: “O conjunto dos fatores físicos, químicos, bióticos que agem sobre um ser vivo ou uma comunidade ecológica e podem determinar sua sobrevivência” (Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa), ou: “O conjunto de condições, leis, influência e interações de ordem física, química, biológica, social, cultural e urbanística, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas” Continuar lendo

O drama dos seres humanos ilegais — e como interrompê-lo

Antropólogo iraniano escreve sobre imigrantes, trabalhadores que o capital simultaneamente deseja e exclui. E aposta que controles migratórios podem se tornar obsoletos…

Por Roberto Almeida, no Opera Mundi

Hoje o iraniano Shahram Khosravi é antropólogo, professor da Universidade de Estocolmo. Mas há 30 anos ele era um imigrante sem documentos, pagando contrabandistas para ajudá-lo a fugir de sua terra natal. Ele peregrinou, deixou os dólares da família com policiais corruptos para escapar do serviço militar obrigatório, que o levaria ao front da guerra Irã-Iraque.

Khosravi transformou sua “rica” experiência em livro. ‘Illegal Traveller’ – An Auto-Ethnography of Borders (‘Viajante Ilegal’ – Uma autoetnografia de fronteiras, US$ 27, Amazon.com) é um guia de sobrevivência pelas linhas porosas que dividem o atlas global. “Fronteiras são símbolos e rituais de uma comunidade. Ter controle é mostrar a identidade e legitimidade do Estado”, disse o autor ao Opera Mundi.

Em meio à disputa de deportações entre Brasil e Espanha, que levanta suspiros patrióticos em ambos os lados, sem falar no limbo jurídico em que caíram imigrantes haitianos, que aguardam no Acre e em Rondônia documentação para trabalhar, Khosravi vê tudo como um grande “espetáculo” que prioriza a soberania de um país e se esquece das pessoas.

São palavras de um homem que viveu como “deportável” anos a fio até encontrar asilo político na Suécia, onde vive hoje. “Uma pessoa sem documentos não sabe o que vai acontecer amanhã. Tem medo até de se apaixonar”, contou. Veja a entrevista. Continuar lendo

Tudo começou na Grécia e tudo acabará na Grécia?

Estamos assistindo a agonia de um paradigma milenar que está, parece, encerrando sua trajetória histórica. Pode demorar ainda dezenas de anos, como um moribundo que resiste, mas o fim é previsível

Por Leonardo Boff [11.01.2012 12h30]

Nossa civilização ocidental hoje mundializada tem sua origem histórica na Grécia do Século 6 antes de nossa era. Ruíra o mundo do mito e da religião que era o eixo organizador da sociedade. Para pôr ordem àquele momento crítico, fez-se, num lapso de pouco mais de 50 anos, uma das maiores criações intelectuais da humanidade. Surgiu a era da razão crítica que se expressou pela filosofia, pela política, pela democracia, pelo teatro, pela poesia e pela estética. Figuras exponenciais foram Sócrates, Platão, Aristóteles e os sofistas que gestaram a arquitetônica do saber, subjacente ao nosso paradigma civilizacional: foi Péricles como governante à frente da democracia; foi Fídias da estética elegante; foram os grandes autores das tragédias como Sófocles, Eurípides e Ésquilo; foram os jogos olímpicos e outras manifestações culturais que não cabe aqui referir. Continuar lendo

Evolução humana também pode ter ocorrido fora da África

Dente encontrado na Bulgária pode fazer com que os cientistas revejam a origem geográfica da evolução humana

por Anderson Estevan
Os dentes molares de sete milhões de anos encontrados na Bulgária revelam que os ancestrais dos humanos consumiram sementes, nozes e outros alimentos duros. Isso significa que parte significativa da evolução pode ter acontecido na Europa

Os dentes molares de sete milhões de anos encontrados na Bulgária revelam que os ancestrais dos humanos consumiram sementes, nozes e outros alimentos duros. Isso significa que parte significativa da evolução pode ter acontecido na Europa

Dentes com mais de sete milhões de anos podem fazer com que os cientistas revejam a teoria de que os ancestrais dos seres humanos evoluíram na África e então partiram para conquistar o mundo. Pelo menos é o que acreditam os pesquisadores da Universidade de Tübigen, na Alemanha, que propõem que partes significativas da evolução humana podem ter ocorrido na Europa e Ásia Ocidental. Continuar lendo