OMS: expectativa de vida aumentou 9 anos em países menos desenvolvidos

De modo global, as mulheres vivem mais do que os homens: nos países desenvolvidos, a diferença é de seis anos

A expectativa de vida aumentou nos países menos desenvolvidos entre 1990 e 2012, com um crescimento de nove anos, em média, de acordo com as estatísticas anuais da OMS (Organização Mundial de Saúde), publicadas nesta quinta-feira (15/05). Segundo o relatório, a Libéria foi o país que registrou maior aumento desde o início da década de 1990 (de 42 para 62 anos, em 2012), seguida da Etiópia (de 45 para 64 anos), das Maldivas (de 58 para 77 anos) e do Camboja (de 54 para 72 anos).

Os dados da OMS destacam também a evolução no Timor-Leste, onde a expectativa média de vida subiu dos 50 para os 66 anos; e Ruanda, dos 48 para os 65 anos. De forma geral, a expectativa média de vida aumentou seis anos em todo o mundo: uma menina nascida em 2012 pode viver até aos 73 anos e um rapaz, até aos 68. Continuar lendo

Sob a sombra da repressão, Ruanda se reconstrói 20 anos após genocídio

País fez julgamentos e reduziu pobreza, mas ainda tem pouca liberdade.
Genocídio contra etnia tutsi deixou ao menos 800 mil mortos em 100 dias.

Era 1994, o Brasil chorava a morte de Ayrton Senna, a África do Sul elegia seu primeiro presidente negro no pós-apartheid, o Reino Unido e a França inauguravam o Eurotúnel e a Otan fazia o primeiro ataque contra aviões sérvios durante a guerra da Bósnia. No mesmo ano, em 100 dias, de abril a junho, 800 mil pessoas morriam assassinadas em Ruanda. O genocídio, termo adotado após muito debate nos comitês da ONU, foi um dos episódios mais sangrentos da segunda metade do século XX, e afetou quase um terço da população do pequeno país do centro da África. Continuar lendo

Entenda por que o mundo não impediu o genocídio de Ruanda

Em 100 dias, 800 mil pessoas morreram no país africano.
Caso é exemplo de omissão de potências internacionais.

As mortes de ruandeses da etnia tutsi pela maioria hutu começaram antes de 1994, quando ocorreu o genocídio que deixou 800 mil mortos em 100 dias no país. Desde 1990, agências humanitárias e a ONU vinham documentando matanças isoladas e a deterioração da situação no país. Quando o genocídio efetivamente começou, as lideranças políticas foram também avisadas. Então por que, dias depois da retirada de estrangeiros, a ONU não aprovou uma intervenção militar? Por que, ao invés disso, diminuiu o número das forças de paz? Continuar lendo

Ruanda aposta em tecnologia para superar passado e transformar o país

Lerato Mbele

Projeto Um Laptop por Criança levou computadores a 400 escolas de Ruanda

Olive Uwineza, de 12 anos, sonha em se tornar presidente quando crescer. Ela estuda em uma sala de aula com outros 30 alunos, em uma escola primária de alta tecnologia e Kigali, Ruanda.

Cada estudante tem um laptop, que usa animações para tornar as aulas mais divertidas.

As matérias favoritas de Olive são matemática e ciências, e ela acha que seria “muito difícil fazer as lições” sem o computador.

Cinco anos atrás, o projeto Um Laptop por Criança (OLPC, na sigla em inglês) foi lançado na escola de Olive, com apoio do governo e de ONGs. Desde então, 200 mil computadores portáteis foram distribuídos em mais de 400 escolas do pequeno país do leste africano.

A infraestrutura da escola de Olive também melhorou – foi modernizada com conexão wi-fi e softwares adaptados ao currículo escolar.

O projeto é um dos pilares da iniciativa Visão de Ruanda para 2020, que tem a ambiciosa meta de transformar o país em um de economia baseada em tecnologia, semelhante ao papel desempenhado por Cingapura no leste asiático. Continuar lendo