As marcas do regime militar ainda atrasam o desenvolvimento da escola no Brasil
Por Cinthia Rodrigues

Alunas no desfile de 7 de Setembro em Araranguá (SC), em 1975
Alunas no desfile de 7 de Setembro em Araranguá (SC), em 1975
O Brasil reproduz acriticamente muitas das medidas educacionais dos Estados Unidos e ambos apresentam baixos índices no PISA, programa internacional que busca verificar o nível de preparo dos jovens para o exercício da cidadania. Participaram desta avaliação cerca de 500 mil estudantes de 65 países.
por Zacarias Gama
A grande imprensa brasileira está repercutindo largamente o desempenho dos nossos estudantes da Educação Básica no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Programme for International Student Assessment – PISA). Este Programa é desenvolvido e coordenado pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), e é aplicado a estudantes na faixa dos 15 anos. Seu objetivo é verificar o nível de preparo dos jovens para o exercício da cidadania na sociedade contemporânea matriculados em escolas públicas e particulares. Participaram desta avaliação cerca de 510 000 estudantes de 65 países.
As avaliações do PISA são trienais e abrangem três áreas do conhecimento – Leitura, Matemática e Ciências. A cada triênio uma das áreas é enfatizada. Na avaliação de 2012, que está sendo divulgada, a ênfase foi em Matemática. Em 2015 será em Ciências. Continuar lendo
Para a doutora em Educação pela Universidade de Harvard, o país erra ao ser pouco específico nas diretrizes curriculares
Em comparação com países que obtêm bons resultados na Educação, o Brasil comete um grave erro ao ser pouco claro na definição do currículo da educação básica. Este equívoco é agravado pelo fato de que, por aqui, orientações pouco claras sobre o que e como ensinar acabam caindo nas mãos de professores muitas vezes mal formados, mas com autonomia total para escolher como trabalhar conteúdos em sala de aula.
A história da educação no Brasil é marcada por descasos, improvisações e exploração da força laboral dos trabalhadores escolares, fatos intrínsecos ao modelo de colonização que deu origem ao patrimonialismo estatal e à disseminação de misérias até hoje não superadas pelo país
por Roberto Franklin de Leão
Num breve contexto histórico, a educação formal no Brasil surgiu cinquenta anos após o Descobrimento e se deu por meio de concessão da Coroa portuguesa à Companhia de Jesus. Naquela época, os padres e irmãos-coadjutores eram responsáveis pelo trabalho escolar, e suas rendas (ou sustento) provinham de dízimos e das atividades pecuárias desenvolvidas nas fazendas da Igreja. Somente em 1759, com a expulsão dos jesuítas do Brasil, o governo da colônia passou a se responsabilizar pela oferta educacional, nomeando professores e remunerando-os uma única vez por ano – condição de quase flagelo que exigia dos mestres outras fontes de recursos para arcar com seus compromissos cotidianos.
Escolas usam Facebook e até criam sites próprios para conectar alunos e professores
Rede social da Escola Parque
Twitter e Facebook costumam ser considerados inimigos dos estudos por muita gente. Mas algumas escolas já estão se rendendo às redes sociais e as usando como aliadas na preparação dos estudantes e na comunicação entre alunos e professores.
A Escola Parque, na Gávea, desenvolveu, no início do ano passado, a EP2, uma rede social interna semelhante ao Facebook. O projeto foi criado dentro da plataforma Ning, que permite a qualquer um customizar uma rede de acordo com suas necessidades. Na EP2, estudantes a partir do 6 ano podem escrever em seus murais, enviar mensagens diretas e participar de grupos de interesses específicos. O espaço virtual é coabitado por alunos e professores. Continuar lendo