Choque entre os gigantes asiáticos por oito ilhas desabitadas

A situação no mar da China Oriental é colocada no vermelho depois da decisão de Pequim de ampliar unilateralmente seu espaço aéreo

A decisão unilateral da China de estabelecer uma zona de controle do trafego aéreo, que inclui as oito ilhas desabitadas em disputa com Tóquio, incertas no acordo de defesa mútua entre Japão e Estados Unidos, colocou no vermelho vivo a situação no mar da China Oriental. Pequim ordenou ontem à noite que seus aviões militares realizassem voos “rotineiros de controle” nesse espaço, depois que aeronaves dos Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul decidiram se fazer de surdas à bravata chinesa e adentraram no que se conhece na gíria aeronáutica internacional como ADIZ (Air Defense Identification Zone). Continuar lendo

A ascensão de um gigante inseguro

A China está longe de ser um membro maduro da comunidade internacional

Quando a economia chinesa superar a dos Estados Unidos e se converter na maior do mundo (em algum momento daqui a alguns poucos anos), o país terá cimentado sua condição de grande potência militar (potência que em seu afã de afirmação estratégica desperta o temor de seus vizinhos). Mas o verdadeiro é que a ascensão da China é a ascensão de uma potência solitária e vulnerável, que enfrenta sérios obstáculos no plano interno.

A China se encontra neste momento rodeada de bases militares e aliados dos Estados Unidos. Embora os países asiáticos em sua maioria estejam interessados em manter e inclusive alargar seus laços econômicos com a China, nenhum (com exceção da Coreia do Norte, que depende da ajuda chinesa) está disposto a aceitar que ela seja a principal potência regional. De fato, a entrada na cena internacional de atores como Indonésia e Índia, aliados dos Estados Unidos, se deve em grande parte à ascensão da China. Continuar lendo