Gravidez na adolescência

Maternidade precoce pode chegar a 3 milhões até 2030, se a tendência de crescimento desse cenário for mantida, conforme aponta estudo do Fundo de População das Nações Unidas

Todos os dias, nos países em desenvolvimento, 20 mil meninas com menos de 18 anos dão à luz, e 200 morrem em decorrência de complicações da gravidez ou do parto. Em todo o mundo, 7,3 milhões de adolescentes tornam-se mães a cada ano, das quais 2 milhões são menores de 15 anos – número que pode aumentar para 3 milhões até 2030, se a tendência atual for mantida.

A gravidez indesejada na adolescência traz consequências para a saúde, a educação, o emprego e os direitos de milhões de meninas em todo o mundo e pode se tornar um obstáculo ao desenvolvimento de seu pleno potencial.

As implicações da gravidez na adolescência e o que pode ser feito para garantir uma transição saudável e segura para a vida adulta são algumas das questões abordadas pelo relatório “Situação da População Mundial 2013”, do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), que, em 2013, trouxe como título “Maternidade precoce: enfrentando o desafio da gravidez na adolescência”. Continuar lendo

Como ocorreu o milagre econômico de Hong Kong – da pobreza à prosperidade

Hong Kong, dias atuais

Com milhões de refugiados chineses, sofrendo com um embargo comercial e com sua infraestrutura estrangulada, a Hong Kong do início da década de 1950 parecia confirmar os prognósticos pessimistas feitos no século XIX.

No entanto, esta enxurrada de refugiados era composta por milhões de indivíduos que, embora completamente pobres, fugiram para Hong Kong em busca de liberdade.  E embora Hong Kong não possuísse a infraestrutura adequada para recebê-los, ela fornecia ampla liberdade para qualquer indivíduo que quisesse colocar seus talentos empreendedoriais em ação.

Não havia na ilha as mesmas restrições cambiais vigentes no Reino Unido e em grande parte da Europa — o que significava que o dólar de Hong Kong, que era ancorado à libra esterlina, era livremente conversível em outras moedas —, e a quantidade de regulamentações sobre a economia era desprezível.

A combinação entre mão-de-obra à procura de trabalho e empreendedores com conhecimento e algum capital oriundos de Xangai — até então a grande cidade capitalista chinesa — forneceu a matéria-prima para o crescimento industrial iniciado na década de 1950.  A economia começou a prosperar. Continuar lendo

Os acidentes de trânsito serão a nova praga do mundo emergente

A OMS calcula que os desastres viários causarão dois milhões de mortes em 2030 nos países em desenvolvimento e alcançarão a Aids como causa de óbitos

Carros e pedestres em Lagos, Nigéria.

Os acidentes de trânsito estão a ponto de se converter na nova epidemia dos países pobres e em vias de desenvolvimento. Por isso, a Organização Mundial de Saúde (OMS) deu o alarme. Se não se fizer nada para frear a tendência, as mortes anuais nas vias de circulação dessas áreas do mundo chegarão a dois milhões em 2030, e os acidentes de trânsito se situarão no mesmo nível que as mortes por Aids, que é uma das principais causas de mortalidade no mundo em desenvolvimento. Os acidentes, além do mais, implicam num gasto público equivalente “a 2% do PIB dos países desenvolvidos e até 5% nos demais”, segundo Steve Lowson, da ONG britânica Programa de Qualificação Internacional das Estradas (iRAP, na sigla em inglês). Continuar lendo

O Brasil quer exportar o sucesso do Bolsa Família

A ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, se reúne com o Banco Mundial para buscar vias de cooperação

Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social do Brasil.

Dez anos após a criação do programa de ajuda econômica Bolsa Família, que tirou milhões de cidadãos da pobreza, o Governo brasileiro e o Banco Mundial acham que a experiência do modelo pode ser muito útil a outros países em desenvolvimento. Convidada pelo organismo internacional, a ministra do Desenvolvimento Social do Brasil, Tereza Campello, vai se encontrar nesta quinta-feira em Washington com altos funcionários do Banco Mundial para explorar vias de cooperação. Continuar lendo

Pré-Sal, cobiça e poder global

Que interesses escondem-se atrás da “internacionalização” das jazidas brasileiras. Como ela está em andamento e quais os meios para revertê-la

Que interesses escondem-se atrás da “internacionalização” das jazidas brasileiras. Como ela está em andamento e quais os meios para revertê-la

Por Paulo Metri*

“O Pré-Sal pertence à humanidade” é a tradução do título do editorial do The New York Times que irá sair em um futuro não muito distante. A pregação diz que o Pré-Sal é da humanidade porque está em área do globo terrestre que não pertence a nenhum país. Logo após esta afirmação, o jornal lança o conceito de que quem chegar primeiro passa a ter a propriedade do petróleo e do gás produzidos. Estas são as teses principais do editorial, representando a opinião de fortes grupos de interesse do capitalismo internacional. Continuar lendo

Mundo terá 2 bilhoes de idosos em 2050, diz OMS

A Organização Mundial da Saúde chama atenção, por ocasião do Dia Mundial da Saúde, para aumento do número de pessoas com mais de 60 anos. Em quatro décadas, 80% dos idosos viverão em países em desenvolvimento e emergentes.

A população mundial está envelhecendo rapidamente. Em poucos anos, já haverá no mundo mais pessoas acima dos 60 anos do que crianças menores de cinco, informou a OMS. E o problema não se restringe ao países ricos.

“Muitas pessoas ainda acreditam que isso só diga respeito aos países ricos e que seja uma preocupação restrita à Europa e ao Japão. Mas isso não é verdade”, diz John Beard, diretor do Instituto para Envelhecimento e Planejamento de Futuro da OMS em Genebra. “Atualmente, os países com renda baixa e média são os que passam pelos processos de envelhecimento mais rápidos. Em 2050, haverá 2 bilhões de pessoas idosas no mundo, e 80% delas viverão em países que atualmente classificamos como emergentes ou em desenvolvimento”, alerta. Continuar lendo