Colômbia e Farc fecham acordo sobre reforma agrária

Guerrilha e governo concordam em criar programas de erradicação da pobreza rural e em indenizar vítimas de deslocamentos forçados devido a conflitos internos

O negociador-chefe das Farc, Iván Márquez

HAVANA (AFP) – O governo colombiano e a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) anunciaram no domingo 26 um amplo acordo sobre a questão agrária, fonte do conflito armado no país de quase meio século e primeiro ponto da agenda de paz discutida com a mediação de Cuba.

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Mafalda e a poderosa crítica de valores

Argentina e universal, personagem de Quino segue jovem aos 50: sua ironia permanece viva, numa sociedade cada vez mais desigual

Por Carlos Eduardo Rebuá Oliveira

Difícil encontrar alguém que não conheça uma baixinha argentina chamada Mafalda. Seja como souvenir, estampando camisas e cartazes do movimento estudantil, ou através dos já clássicos livros-coletânea, a quase “cinquentona” menina insiste em se fazer presente. Apesar da curta trajetória (1964 a 1973), trata-se da personagem de histórias em quadrinhos (hq’s) mais popular da Argentina e uma das mais conhecidas no mundo.

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Pré-Sal, cobiça e poder global

Que interesses escondem-se atrás da “internacionalização” das jazidas brasileiras. Como ela está em andamento e quais os meios para revertê-la

Que interesses escondem-se atrás da “internacionalização” das jazidas brasileiras. Como ela está em andamento e quais os meios para revertê-la

Por Paulo Metri*

“O Pré-Sal pertence à humanidade” é a tradução do título do editorial do The New York Times que irá sair em um futuro não muito distante. A pregação diz que o Pré-Sal é da humanidade porque está em área do globo terrestre que não pertence a nenhum país. Logo após esta afirmação, o jornal lança o conceito de que quem chegar primeiro passa a ter a propriedade do petróleo e do gás produzidos. Estas são as teses principais do editorial, representando a opinião de fortes grupos de interesse do capitalismo internacional. Continuar lendo

Xenofobia na europa: Os padrões atuais de migração internacional

Casos xenofóbicos têm tido repercussão internacional. As mortes por motivo de xenofobia têm se tornado pauta de agências nacionais e supranacionais, as quais buscam reprimir esse tipo de intolerância social. Mas por que a xenofobia tem aumentado? Por que na Europa?

por Fernanda Cristina de Paula

Em 2008, foi constatado na Rússia que provavelmente 300 pessoas (em cinco anos) foram mortas por ataques xenofóbicos. Recentemente, os dois filhos de uma advogada sofreram seguidas agressões verbais e físicas de alunos da escola em que estudavam, na Espanha, por serem brasileiros. Em julho de 2011, aproximadamente 80 pessoas morreram em uma explosão de bomba e fuzilamento, realizados por um extremista político com motivos xenofóbicos, na Noruega. Continuar lendo

Os 10 países mais felizes do mundo

Estudo do instituto Legatum mediu a felicidade dos habitantes de 110 países e concluiu que os noruegueses são os mais felizes do mundo

Dá para calcular o quanto um país é feliz?

São Paulo – Índices econômicos geralmente são difíceis de entender à primeira vista, mesmo quando medem algo mais objetivo, como uma variação de preços. Por isso, chama a atenção quando uma consultoria resolve calcular o grau de felicidade de um país. Um estudo feito pelo instituto internacional Legatum afirma, com base em uma lista considerável de critérios, que a Noruega é o país mais feliz do mundo. Continuar lendo

O homem que venceu o gelo

A lendária jornada de Roald Amundsen, o primeiro homem a desbravar o Polo Sul

por Caroline Alexander
Com um agasalho de pele de lobo como os usados pelos esquimós netsiliks, Amundsen posa na neve, perto de sua casa na Noruega. Esta foto foi usada em suas palestras e para publicidade.

Com um agasalho de pele de lobo como os usados pelos esquimós netsiliks, Amundsen posa na neve, perto de sua casa na Noruega. Esta foto foi usada em suas palestras e para publicidade.

“12 de setembro – terça-feira. Visibilidade ruim. Aragem irritante do S. -52°C. Os cães, prejudicados pelo frio. Os homens, rígidos nas roupas congeladas, mais ou menos satisfeitos depois de uma noite na geada […], perspectiva de tempo mais brando duvidosa.”

O autor dessa lacônica anotação em um diário era Roald Amundsen, norueguês que cinco anos antes ganhara fama por ter sido o primeiro a fazer a travessia de navio na lendária passagem Noroeste, que liga o Atlântico ao Pacífico. Agora ele estava no outro extremo do mundo, na Antártica, em busca do mais prestigioso prêmio que o mundo da exploração ainda oferecia: o polo Sul. Planejada com a típica meticulosidade nórdica, essa arrojada empresa era também resultado de um acaso. Dois anos antes, Amundsen, que andava absorto em planos de ampliar sua exploração do oceano Ártico e, quem sabe?, chegar ao limite setentrional, recebeu a notícia (depois contestada) de que Robert Peary já fincara sua bandeira no polo Norte. Foi o momento da guinada, como ele relembra: “Decidi mudar minha meta, fazer meia-volta e encarar o Sul”. Concluiu que, se conquistasse o outro polo, garantiria a fama e os financiamentos para futuras expedições. Em francos preparativos para o Ártico, ele planejou em segredo sua ida ao outro extremo do globo. Continuar lendo