As evidências de que o Brasil é dividido por uma espécie de racismo institucional, no qual o próprio Estado, por seus agentes, atua de forma discricionária com base na cor da pele, aparecem em quase todos os indicadores
Por Luciano Martins Costa
Pequena nota escondida no meio de uma coluna do Estado de S.Paulo e uma reportagem mais extensa no Globo mostraram, na sexta-feira (18/10), como a imprensa brasileira, tão homogênea ao lidar com a política e a economia, pode divergir e até ser negligente ao tratar de assuntos mais complexos.
Os dois textos se referem a um estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre racismo no Brasil. Basta citar uma das conclusões do trabalho para ilustrar como esse tema deveria merecer muito mais destaque nos jornais: por causa da violência seletiva, a expectativa de vida de um homem jovem brasileiro, negro ou pardo, é menos que a metade da de um homem branco da mesma idade. Continuar lendo