A ascensão de um gigante inseguro

A China está longe de ser um membro maduro da comunidade internacional

Quando a economia chinesa superar a dos Estados Unidos e se converter na maior do mundo (em algum momento daqui a alguns poucos anos), o país terá cimentado sua condição de grande potência militar (potência que em seu afã de afirmação estratégica desperta o temor de seus vizinhos). Mas o verdadeiro é que a ascensão da China é a ascensão de uma potência solitária e vulnerável, que enfrenta sérios obstáculos no plano interno.

A China se encontra neste momento rodeada de bases militares e aliados dos Estados Unidos. Embora os países asiáticos em sua maioria estejam interessados em manter e inclusive alargar seus laços econômicos com a China, nenhum (com exceção da Coreia do Norte, que depende da ajuda chinesa) está disposto a aceitar que ela seja a principal potência regional. De fato, a entrada na cena internacional de atores como Indonésia e Índia, aliados dos Estados Unidos, se deve em grande parte à ascensão da China. Continuar lendo

Supertufão pode ter matado 10 mil pessoas nas Filipinas

A destruição provocada pela passagem do Haiyan é comparada à devastação do tsunami de 2004, que matou 220 mil pessoas

Imagem mostra a destruição provocada pelo Haiyan em Tacloban, cidade na região central das Filipinas

A passagem do tufão Haiyan pelas Filipinas, iniciada na tarde de sexta-feira 8, pode ter matado 10 mil pessoas, segundo estimativas de funcionários do governo local. No sábado 9, a Cruz Vermelha das Filipinas confirmou a morte de pelo menos 1,2 mil pessoas e projetou que o número deveria crescer.

Os ventos do tufão, que chegaram a 315 quilômetros por hora, causaram destruição em províncias da região central das Filipinas, onde as estradas estão bloqueadas devido a enchentes, árvores foram arrancadas do solo e redes de transmissão energia derrubadas. De acordo com o jornal britânico The Guardian, Elmer Soria, superintendente da província de Leyte, entre 70% e 80% das construções que estavam na trajetória do tufão foram destruídas. Assim, afirmou Soria, a estimativa do governo de Leyte era de 10 mil mortos. Tecsom Lim, administrador de Tacloban, capital da província de Leyte, estimou que apenas na cidade o número de mortos poderia chegar a 10 mil. Por enquanto, um número entre 300 e 400 corpos foi recuperado.

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