Vulcões ativos geram medo, caos e belas imagens

PUYEHUE, CHILE

Situado na Cordilheira dos Andes, sul do Chile, o vulcão Puyehue entrou em erupção em 4 de junho de 2011 depois de 50 anos de silêncio. Mais de 3.500 moradores foram forçados a sair de suas casas. De acordo com o Serviço Nacional de Geologia e Mineração, a coluna de fumaça atingiu 10 quilômetros de altura. Com o vento, a nuvem se dirigiu a Argentina, deixando cidades como Bariloche cobertas de cinzas. O Rio Grande do Sul também recebeu pequena quantidade delas. Continuar lendo

O sal e a terra

Na depressão de Afar, na África, tribos pastoras e mercadores de sal sobrevivem em uma paisagem surreal de fissuras, falhas e um lago de lava borbulhante

por Virginia Morell Um

Antigos rios de lava lembram vertebras de um animal fossilizado

Antigos rios de lava lembram vertebras de um animal fossilizado

Parecia uma cena produzida por um estúdio de efeitos especiais em Hollywood. Em setembro de 2005, pastores afares do norte da Etiópia viram, estarrecidos, a terra abrir um bocejo e engolir suas cabras e seus camelos. Pedaços de obsidiana irromperam de cavernas e voaram pelos ares, “como enormes pássaros pretos”, disse uma testemunha. Por três dias, uma encrespada nuvem de cinzas obscureceu o sol durante a erupção do maior vulcão da região, o Erta Ale – “Montanha Fumacenta”, na língua afar. Continuar lendo

Vulcões: o fogo mortal

Existem no mundo 700 vulcões ativos, mas apenas 60 deles entram em erupções todos os anos e fazem os seus estragos. Mais de 240 mil pessoas já morreram por causa de suas explosões. Vulcões são responsáveis por várias histórias trágicas da humanidade. Eles podem matar até uma cidade inteira, mas são tão venerados que a décima parte da população mora nos arredores de algum deles

por Priscila Gorzoni*

O relato a seguir é baseado em fatos reais e foi retirado do documentário Desastres Naturais, da Discovery.

“A minha casa ficava aqui, mas em 1981 ela foi arrastada pela lava. Saí aquela noite e quando voltei já não havia mais nada. Vi o policial civil e o cumprimentei e fui em frente. Quando ele me olhou e disse, não precisa ir mais à frente, lá não existe mais nada, guardei as chaves de casa. Às vezes, venho até aqui e me lembro que um dia já tive uma casa.” Esse é o relato de um sobrevivente do vulcão Etna, na Sicília. Continuar lendo