Balanço do Clima 2013

Um ano sem grandes avanços na política climática brasileira e global

Foi um ano sem grandes avanços na política climática brasileira e global, mas com vários fatos relevantes como o início da divulgação dos relatórios do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) e do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, a atualização dos dados de emissão de gases de efeito estufa (GEE) no Brasil e a publicação dos planos setoriais.

Em 9 de maio, atingimos pela primeira vez 400ppm de concentração de CO2 na atmosfera.Nos últimos três milhões de anos não atingimos uma concentração tão alta! Este é o limite para entrarmos numa zona em que os cenários de limitar o aumento da temperatura média global abaixo de 2°C se tornam muito improváveis.

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Qual a diferença entre tornado, tufão e furacão?

Conheça o que diferencia esses fenômenos que prometem se intensificar nos próximos anos

São Paulo – Tornado, tufão e furacão. Talvez a primeira imagem que venha à cabeça a respeito desse trio seja um funil de vento violento fazendo coisas girarem, não? Apesar de guardarem algumas semelhanças, são  fenômenos diferentes. E é bom nos prepararmos, porque eles deverão se tornar piores e mais frequentes, em função das mudanças climáticas, como promete reiterar o quinto relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês). Continuar lendo

A Amazônia pode mesmo virar cerrado?

As teorias sobre os feitos das mudanças climáticas e o aquecimento global na Amazônia são muitas. Em 2000, o meteorologista Peter Cox lançou um estudo de grande repercussão, que previa que a Amazônia poderia secar até 2050. A possibilidade foi reforçada anos depois por estudos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Ong conservacionista WWF.

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Desaceleração do aquecimento global intriga cientistas

Cientistas estão com dificuldade para explicar uma desaceleração do aquecimento global que expôs lacunas no seu conhecimento, e eles buscam entender as causas para determinar se esse alívio será breve ou se o fenômeno é duradouro.

A maioria dos modelos climáticos, geralmente focados em tendências que duram séculos, foi incapaz de prever que a elevação das temperaturas iria se desacelerar a partir do ano 2000 aproximadamente.

Isso é crucial para o planejamento em curto e médio prazo de governos e empresas em setores tão díspares quanto energia, construção, agricultura e seguros. Muitos cientistas preveem um novo aumento do aquecimento nos próximos anos.

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Terra se aproxima de maiores temperaturas em 11 mil anos

Pesquisa reuniu dados de 73 localidades ao redor do mundo para estimar a temperatura global (e local) no período geológico conhecido como Holoceno
Um novo estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Estadual do Oregon e da Universidade Harvard, ambas nos EUA, reconstruiu a temperatura média da Terra nos últimos 11,3 mil anos para compará-la aos níveis atuais.

A boa notícia: a Terra hoje está mais fria do que já esteve em sua época mais quente desse período. A má: se os modelos dos climatologistas estiverem certos, atingiremos um novo recorde de calor até o final do século.

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Um século de clima alterado

Essa jornada especialmente quente, que se apresenta uma vez a cada 20 anos, no final do século 21 ocorrerá a cada dois anos na maioria das regiões do planeta

Por Stephen Leahy*

As condições meteorológicas extremas se tornam norma em grande velocidade. Assim confirmam as duas semanas de calor forte que atingiram Canadá e Estados Unidos quando o gelo e a neve do inverno ainda não haviam derretido. No mês passado, boa parte da América do Norte “cozinhou” a temperaturas extraordinariamente altas, que derreteram toda a neve e o gelo invernais e bateram por ampla margem os recordes térmicos dos últimos 150 anos. No ano passado, os Estados Unidos suportaram 14 desastres – inundações, furacões e tornados – que causaram perdas de vários milhares de milhões de dólares. Continuar lendo