Como ocorreu o milagre econômico de Hong Kong – da pobreza à prosperidade

Hong Kong, dias atuais

Com milhões de refugiados chineses, sofrendo com um embargo comercial e com sua infraestrutura estrangulada, a Hong Kong do início da década de 1950 parecia confirmar os prognósticos pessimistas feitos no século XIX.

No entanto, esta enxurrada de refugiados era composta por milhões de indivíduos que, embora completamente pobres, fugiram para Hong Kong em busca de liberdade.  E embora Hong Kong não possuísse a infraestrutura adequada para recebê-los, ela fornecia ampla liberdade para qualquer indivíduo que quisesse colocar seus talentos empreendedoriais em ação.

Não havia na ilha as mesmas restrições cambiais vigentes no Reino Unido e em grande parte da Europa — o que significava que o dólar de Hong Kong, que era ancorado à libra esterlina, era livremente conversível em outras moedas —, e a quantidade de regulamentações sobre a economia era desprezível.

A combinação entre mão-de-obra à procura de trabalho e empreendedores com conhecimento e algum capital oriundos de Xangai — até então a grande cidade capitalista chinesa — forneceu a matéria-prima para o crescimento industrial iniciado na década de 1950.  A economia começou a prosperar. Continuar lendo

Como ocorreu o milagre econômico de Hong Kong – os primórdios

Hong Kong, 1962

Por vinte anos consecutivos, o Índice de Liberdade Econômica, compilado pelo The Wall Street Journal e pela Heritage Foundation, classifica Hong Kong como a economia mais livre do mundo.  Este último ranking da Heritage confirma o que o Fraser Institute, do Canadá, também afirmou em seu último Índice, o qual também classificou a economia de Hong Kong como a mais livre do mundo.  O Banco Mundial, por sua vez, classifica a “facilidade de se fazer negócios” em Hong Kong como a melhor do planeta.

Embora faça parte da China desde que a Grã-Bretanha cedeu seu controle em 1997, Hong Kong é governado em termos estritamente locais.  Até o momento, o governo chinês tem se mantido razoavelmente fiel à sua promessa de deixar a economia de Hong Kong em paz.  Continuar lendo

O imenso buraco negro da economia global

Novo relatório disseca “mundo offshore” — rede planetária de instituições financeiras onde os 0,1% mais ricos escondem (e manipulam) algo como PIBs dos EUA e China combinados

Por Sarah Jaffe, no Alternet | Reproduzido por Carta Maior, com tradução de Libório Júnior

“Vinte e e um trilhões – com “t” – de dólares. Eis o que as pessoas mais ricas do mundo escondem em paraísos fiscais internacionais. Embora a quantidade real possa ser maior, chegando aos 32 trilhões, uma vez que, claro, é quase impossível conhecê-la com exatidão.Ao mesmo tempo em que os governos cortam o gasto público e demitem os trabalhadores, em prol de uma maior “austeridade” obrigada pela desaceleração da economia, os super-ricos – menos de 10 milhões de pessoas – esconderam longe do alcance do arrecadador de impostos uma quantidade igual às economias japonesa e estadunidense juntas. Continuar lendo

Muito mais que bucólicos “paraísos fiscais”

A “City”, distrito financeiro de Londres. Daqui partem os fios da teia que sustenta a rede global offshore

Autor de livro indispensável para entender finanças offshore sustenta: o sistema bancário das sombras ocupa o centro do capitalismo global

Por Nicholas Shaxon, entrevistado por Christophe Ventura, em Memoire des Luttes | Tradução: Inês Castilho

[Mais: para uma resenha desta entrevista, e uma atualização sobre o grande vazamento de dados que está atingindo o mundo das finanças offshore, leia As caixas pretas do poder global, em Outras Palavras]

Um escândalo mundial – o Offshore Leaks – está revelando, desde o início de abril, a promiscuidade entre os mundos da política institucional, das finanças e da economia off shore, a grande rede dos chamados “paraísos fiscais”. Nesta entrevista, publicada originalmente em novembro de 2012, no site francês independente, “Memoire des luttes”, o jornalista investigativo e escritor Nicholas Shaxson ajuda a entender o que está em jogo.

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O que acontece no Chipre e por quê?

Mais uma vez a Troika atua com falta de inteligência e imprudência imperdoáveis. Irá carregar por muitos anos o sistema bancário cipriota, ao tentar reviver um morto que não poderá levantar a cabeça. Empobrece-se por décadas uma população, enquanto o modelo de paraíso fiscal permanece lá, intacto. Por Juan Torres López, do Rebelión

A grande maioria das pessoas se espantou quando ficou conhecido que a Troika (Comissão Europeia, Banco Cental Europeu e o FMI) acabara de ceder um empréstimo ao Chipre com a condição de privatizar serviços públicos e diminuir gastos e de estabelecer um imposto de 9,9% (como se fosse oferta de um supermercado) para depósitos acima de 100 mil euros e de 6,75% para os menores. Continuar lendo

The American Dream – O Sonho Americano (2011) LEGENDADO PT

“O SONHO AMERICANO é um filme de animação de 30 minutos que mostra como somos enganados pelos elementos mais básicos do nosso sistema de governo. Todos nós nos esforçamos para atingir o “sonho americano”, e esse filme mostra por que nosso sonho está ficando cada vez mais longe. Você sabe como seu dinheiro é criado? Ou como funciona a banca? Por que os preços da habitação disparam e depois afundam? Você sabe o que é o Sistema da Reserva Federal e como ele afeta você todos os dias? O SONHO AMERICANO tem um olhar divertido e real sobre como os problemas que temos hoje não são novidade, e por que os grandes líderes ao longo da nossa história nos alertaram e lutaram contra o tipo do atual sistema financeiro que temos na América de hoje. Você será desafiado a investigar algumas instituições muito arraigadas e poderosas, e encorajados a ajudar a mover a nossa nação de volta ao trilho.”

Fonte: http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=f2dmiAKxO0Y