Negros no Brasil

Resistência sempre foi a palavra de ordem de quem era forçado ao trabalho escravo. Os negros foram caçados, perseguidos e, ainda hoje, são, muitas vezes, hostilizados, conforme revela pesquisa do Ipea

Maurício Barroso

Desde que os colonizadores portugueses chegaram ao Brasil, há mais de quinhentos anos, eles exploraram, inicialmente, a mão de obra indígena. Entretanto, o contato com os homens brancos foi péssimo para a saúde dos índios. Além disso, os nativos conheciam muito bem o território e fugiam com facilidade.

Por razões econômicas e também em busca de mão de obra qualificada, os portugueses começaram a trazer africanos escravizados para o Brasil. Os negros eram obrigados a vir para um país estranho, numa travessia de barco que levava meses, em condições precárias, para trabalhar forçadamente. Continuar lendo

Há 30 anos, em São Paulo, o 1º grande comício das Diretas Já

No dia em que a cidade completou 430 anos, 200.000 pessoas se reuniram na Praça da Sé exigindo eleições para presidente

Comício das Diretas Já, na Praça da Sé

Há 30 anos, o aniversário da cidade de São Paulo era marcado por um dos comícios mais importantes do movimento pelas Diretas Já, que exigia a retomada do voto popular para presidente da República. No local onde foi fundada a capital paulista, a Praça da Sé, cerca de 200.000 pessoas gritavam: “Um, dois, três, quatro, cinco, mil. Queremos eleger o presidente do Brasil!”

A manifestação de 25 de janeiro de 1984 marcava a intensificação da campanha das Diretas Já. Depois de vinte anos amordaçados, os cidadãos brasileiros saíram às ruas para pedir a volta da democracia ao país. O regime militar estava com seus dias contados. Entre janeiro e abril de 1984, dezenas de comícios foram organizados nas principais cidades brasileiras. O maior deles teve São Paulo como palco. Cerca de 1,5 milhão de pessoas foram ao Vale do Anhangabaú, no centro da cidade. Continuar lendo

Minaçu, a cidade que respira o amianto

Uma das últimas minas do material cancerígeno do mundo está prestes a fechar caso a Justiça proíba a exploração do mineral no País

Minaçu, a cidade que respira amianto

Em Minaçu (GO)

Albertino de Oliveira é um homem acabado. Ele viu morreu sete familiares ao longo dos dez últimos anos. “(Morreram) Minha mulher, meu pai, um irmão, três tios, um primo”, conta o senhor de cabelo branco de 54 anos. Os parentes tinham algo em comum: todos eram funcionários da mina de amianto de Minaçu, no interior de Goiás.

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