As perspectivas da economia mundial para 2014

Carta Maior conversou com John Bowler, diretor de Análise de Países da Unidade de Inteligência da The Economist, que apontou um panorama complicado em 2014

Marcelo Justo

Londres – Como todo começo de ano, este início de 2014 é rico em previsões para a economia mundial.  A maioria fala de um crescimento global de 3,6%, cerca de 0,7% mais que no ano passado. As análises econômicas se caracterizam por não acertar no alvo nesta arte quase impossível das previsões, mas para além das porcentagens manuseadas está claro que o mundo segue sem se recuperar da crise de 2008. Em 2013, a zona do euro ficou estagnada e os Estados Unidos cresceram um pouco com altos e baixos. A China desacelerou seu crescimento e até as chamadas economias emergentes, que tinham sustentado o crescimento em 2012, tiveram um desempenho modesto.

A Carta Maior conversou com John Bowler, diretor de Análise de Países da Unidade de Inteligência da revista The Economist, que apontou um panorama complicado para este 2014. Continuar lendo

O imenso buraco negro da economia global

Novo relatório disseca “mundo offshore” — rede planetária de instituições financeiras onde os 0,1% mais ricos escondem (e manipulam) algo como PIBs dos EUA e China combinados

Por Sarah Jaffe, no Alternet | Reproduzido por Carta Maior, com tradução de Libório Júnior

“Vinte e e um trilhões – com “t” – de dólares. Eis o que as pessoas mais ricas do mundo escondem em paraísos fiscais internacionais. Embora a quantidade real possa ser maior, chegando aos 32 trilhões, uma vez que, claro, é quase impossível conhecê-la com exatidão.Ao mesmo tempo em que os governos cortam o gasto público e demitem os trabalhadores, em prol de uma maior “austeridade” obrigada pela desaceleração da economia, os super-ricos – menos de 10 milhões de pessoas – esconderam longe do alcance do arrecadador de impostos uma quantidade igual às economias japonesa e estadunidense juntas. Continuar lendo

Matemáticos revelam rede capitalista que domina o mundo

Republicamos esta reportagem veiculada em 2011 por sugestão de um de nossos leitores, acompanhada de uma nota da redação. Trata-se de uma análise sobre as relações entre 43.000 empresas transnacionais que conclui que um pequeno número delas – sobretudo bancos – tem um poder desproporcionalmente elevado sobre a economia global.

New Scientist

Nota da Redação

Por indicação do leitor Pedro, cujo comentário segue abaixo, republicamos esta reportagem indicada por ele – a qual, aliás, à época da publicação aqui em Carta Maior, teve muita repercussão. Ao nosso leitor Pedro, agradecemos a lembrança e esclarecemos que nem sempre é possível enfrentar os temas da forma que gostaríamos, tendo em vista a conjuntura que somos obrigados a acompanhar no dia-a-dia.

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Florestas geram US$ 468 bilhões por ano para economia global

O dado foi divulgado no Fórum das Nações Unidas sobre Florestas (UNFF), que acontece em Istambul até 19 de abril

Com mais de mil espécies de aves e grande número de endêmicas (espécies que só existem em um determinado lugar), a Amazônia brasileira atrai observadores de aves do mundo inteiro.

Quase um terço do mundo é coberto por florestas, que, além de trazer benefícios sociais e culturais, gera ganhos econômicos para o planeta. Os produtos florestais movimentam, de forma sustentável, cerca de US$ 468 bilhões, anualmente, para a economia global.

O dado é da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e foi divulgado por Mario Ruales Carranza, presidente do Fórum das Nações Unidas sobre Florestas (UNFF), durante a abertura da décima edição do evento, que acontece em Istambul.

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