Caso Manning: sinal da decadência americana?

Protestos em Fort Meade, onde Bradley Manning permanece detido

Se condenarem soldado que denunciou horrores da guerra, EUA atingirão liberdade de imprensa e confirmarão declínio de sua democracia

Glenn Greenwald, entrevistado por Amy Goodman, do Democracy Now Tradução: Cauê Seignemartin Ameni

Começou semana passada (3/6) no Fort Meade, sede da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos, um dos mais importantes julgamentos na recente história daquele país. Após 1.100 dias detido em cativeiro militar, acusado de entregar mais de 700 mil documentos para o site Wikileaks, o soldado Bradley Manning, hoje com 25 anos, responderá em corte marcial 22 acusações, entre as quais “cooperação com o inimigo (Al-Qaeda)”, o que pode levá-lo a prisão perpetua. Continuar lendo

Francisco I e a repressão: algo a esconder?

BY AMY GOODMAN – 17/03/2013

POSTED IN: CAPASOCIEDADE

Jornalista argentino que investigou relações entre ditadura e Igreja revela papel real de Bergoglio. Também prevê: Papa será um “conservador-populista”

Entrevista a Amy Goodman e Juan González, em Democracy Now | Tradução: Gabriela Leite

No início desta semana, o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio foi eleito por seus pares como novo Papa da Igreja Católica. Assumiu o posto sob o título de Francisco. Imediatamente, vieram à tona os laços de cumplicidade mantidos entre a cúpula eclesiástica argentina e a ditadura militar, no poder entre 1976 e 83. Qual teria sido o papel de Bergoglio nestas relações perigosas?

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Toni Negri: as duas renúncias do Papa alemão

Ao colocarem uma pedra sobre o Concílio Vaticano II, Wojtyla e Ratzinger confundiram Igreja com Ocidente, e cristianismo com capitalismo

Por Toni Negri | Tradução: Antonio Martins

Há mais de vinte anos, saiu a encíclicia Centesimus Annus, do Papa polonês Wojtyla, por ocasião do centenário da Rerum Novarum. Era o manifesto reformista, fortemente inovador, de uma Igreja que se pretendia, dali em diante, única representante dos pobres, depois da queda do império soviético. Àquele documento, meus companheiros parisienses do Futur Antérieur e eu dedicamos um comentário que era também o reconhecimento de um desafio. Teve por título “A V Internacional de João Paulo II”.

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