Por que fazemos guerras: As 10 teorias mais importantes sobre as causas da guerra

Ainda que, observando a situação com um pouco de perspectiva, guerras pareçam fazer pouco ou nenhum sentido, elas também são parte da condição humana. Temos registros de guerras antes mesmo do surgimento da escrita, e há até mesmo evidências de que alguns animais, como os chimpanzés e formigas, também guerreiam. Mas por que fazemos isso? Aqui estão dez das mais importantes teorias.

1. A hipótese do guerreiro masculino

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Formulada por um grupo de psicólogos evolucionistas, esta hipótese sugere que os homens evoluíram em seres violentos e bélicos a fim de garantir o acesso a mulheres e outros recursos. Essencialmente, formar coalizões violentas com outros homens era uma estratégia de acasalamento. O que fosse mais bem-sucedido na “coligação de guerra” seria o que se daria melhor no quesito “passar seus genes para frente”. Continuar lendo

Mercado de armas, desconhecido e devastador

Soldados filipinos se posicionam para atacar rebeldes muçulmanos: armas ocidentais

Quase sem controle dos Estados e sociedades, um punhado de empresas fatura 1,7 tilhão de dólares/ano, alimentando indústria da morte e corrupção política e midiática

Por Renato Brandão,

Há pelo menos 70 mil anos o homo sapiens já era dotado da capacidade de produzir armas. Junto com a capacidade de desenvolver a linguagem e dominar o fogo, a construção de instrumentos acompanhou a espécie humana nas tarefas de conquistar e se consolidar por diversas regiões do planeta. Transformações posteriores, em especial após os períodos Paleolítico e Neolítico, abririam uma nova etapa da evolução do homem, culminando com a formação de pioneiras organizações sociais e o surgimento da escrita, colocando fim à Pré-história. Homens e armas evoluíram pela Antiguidade até os dias atuais, em uma história de mais de 5 mil anos que vai do uso de metal derretido para fazer espadas, flechas e lanças, até o domínio biológico, químico e nuclear para construir armas de destruição em massa capazes de aniquilar o planeta em poucos minutos e por várias vezes. Continuar lendo

Opinião: Defesa e segurança no século XXI

José Monserrat Filho*

“A eliminação da guerra é o nosso principal problema.” Hans Kelsen, jurista e filósofo austríaco.

Este tema é um super desafio global. Basta ir à Feira Internacional de Defesa e Segurança “LAAD Defence & Security”. Você vê vendedores, compradores, tecnólogos, especialistas em marketing e geoestratégia de dezenas de países. São fabricantes, fornecedores, pesquisadores e consumidores (públicos e privados) de tecnologias e equipamentos (inclusive espaciais), e serviços para as Forças Armadas, Polícias, Forças Especiais e para empresas de segurança corporativa.

A LAAD, em sua 9ª edição, terá lugar novamente nas amplas dependências do Centro de Convenções e Exposições Riocentro, no Rio de Janeiro, de 9 a 12 de abril próximo. E, claro, deve revelar o estado da arte dos produtos e serviços necessários às ações de defesa e segurança pública e corporativa, além de promover debates sobre as questões pertinentes no mundo atual.

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Para compreender as novas ciberguerras

Novo tipo de confronto bélico já começou. Como Estados e exércitos capacitam-se para bloquear capacidade militar de adversários, atingir instalações industriais e própria população civil

Por Cauê Seignemartin Ameni

O general prussiano Carl von Clausewitz ficou conhecido pela frase em que apontava a associação entre guerra e política: “A guerra é a continuação da política por outros meios”. Um século e meio depois, o filósofo francês Michel Foucault inverteu a equação, afirmando que “a política é a continuação da guerra por outros meios”, ao alegar ser a guerra civil o paradigma da sociedade moderna. Há controvérsias sobre qual das formulações é mais adequada, razão, mas algo parece certo: está surgindo uma nova modalidade de conflito, que pode transformar, nas próximas décadas, tanto a natureza dos conflitos bélicos quanto suas implicações políticas. Continuar lendo

A Estratégia de Defesa e o Pré-Sal

A arrogante e desnecessária demonstração de força por parte da Grã-Bretanha, ao deslocar seu mais poderoso destroier, o “HMS Dauntless”, e um submarino nuclear da classe Trafalgar (o “HMS Tireless” ou o “HMS Turbulent”), armado com mísseis Tomahawk, para as Ilhas Malvinas, deve ser cuidadosamente analisada pelo Ministério da Defesa do Brasil e seus estrategistas navais. Além de buscar humilhar a debilitada Armada argentina e a própria nação irmã, a provocação britânica atinge também os interesses brasileiros, ao militarizar aquela área do Atlântico Sul e ameaçar toda a região.

É sempre bom lembrar que o transporte marítimo responde por mais de 95% de nosso comércio exterior e 90% do petróleo brasileiro é prospectado no mar, demandando um enorme esforço da Marinha do Brasil no controle e proteção desta gigantesca área, denominada “Amazônia Azul”. Para tal é de fundamental importância a atualização dos seus meios navais. A sociedade deveria estar engajada como um todo no apoio a implantação da Estratégia Nacional de Defesa. O programa do submarino nuclear brasileiro deveria ser incrementado, antecipando a entrada em serviço da 1ª embarcação, hoje prevista para 2025!

O artigo a seguir, do Comandante e Engenheiro Antonio Didier Vianna, de 2010, porém atual, associa a importância dos recursos do Pré-sal, para a viabilização dos nossos meios de defesa naval. Continuar lendo