Aids: história e informação

Doença infecciosa revolucionou o mundo, transformando a sociedade, seus hábitos e costumes, principalmente, no que se refere ao sexo, justamente por se alastrar também por meio de sua prática

Breno Rosostolato*

O tema da aids é sempre recorrente na mídia, pela importância de sua discussão e pelo fato de ser uma doença incurável.

Nos últimos anos, as tentativas de se chegar a uma cura criaram uma esperança e uma perspectiva de que logo contemplaremos a erradicação desse mal, que assola a sociedade há 33 anos, desde os primeiros casos, nos Estados Unidos, em 1981. Uma pandemia que se apresentava quando 41 jovens homossexuais apresentaram sarcoma de Kaposi, um câncer raro, que até então se manifestava quase somente em idosos que morriam logo em seguida, ao se internarem no hospital. Durante um tempo, a doença, inclusive, foi chamada de “câncer gay”, batizada de GRID (sigla em inglês para “imunodeficiência relacionada aos gays”), o que determinou o conceito equivocado de “grupo de risco” e estigmatizou os homossexuais, acentuando o preconceito. Quando a doença começou a se manifestar em heterossexuais, mulheres e crianças, sua sigla mudou para aids (em português, com a definição “síndrome da imunodeficiência adquirida”). Em 1983, Robert Gallo e Luc Montagnier descobriram esse novo retrovírus e publicaram suas descobertas na revista científica Science. Continuar lendo

Biodiversidade brasileira pode ser a resposta para a cura de doenças

Embrapa e UFRJ pesquisam os biomas do país em busca de novas substâncias para combater bactérias e fungos que apresentam resistência à antibióticos atuais

Com mais de 7 milhões de quilômetros quadrados, a Amazônia se estende por territórios do Brasil, Venezuela, Suriname, Colômbia, Bolívia, Equador, Peru, Guiana e Guiana Francesa. A maior floresta tropical do mundo reúne uma em cada dez espécies de animais da Terra

Rio de Janeiro – Respostas para muitas doenças podem ser encontradas na biodiversidade brasileira. Para tentar descobri-las, pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), testam plantas de vários biomas. Alguns exemplares já se mostraram eficazes contra bactérias e fungos causadores de infecções.

O coordenador do projeto no Rio, o químico Humberto Ribeiro Bizzo estuda as propriedades de espécies de plantas em laboratório desde 2012. Neste período, constatou que a sacaca (planta de origem amazônica) deu resultados positivos contra uma bactéria que é encontrada em infecções hospitalares e contra a candidíase, doença predominante em mulheres.

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