OMS: expectativa de vida aumentou 9 anos em países menos desenvolvidos

De modo global, as mulheres vivem mais do que os homens: nos países desenvolvidos, a diferença é de seis anos

A expectativa de vida aumentou nos países menos desenvolvidos entre 1990 e 2012, com um crescimento de nove anos, em média, de acordo com as estatísticas anuais da OMS (Organização Mundial de Saúde), publicadas nesta quinta-feira (15/05). Segundo o relatório, a Libéria foi o país que registrou maior aumento desde o início da década de 1990 (de 42 para 62 anos, em 2012), seguida da Etiópia (de 45 para 64 anos), das Maldivas (de 58 para 77 anos) e do Camboja (de 54 para 72 anos).

Os dados da OMS destacam também a evolução no Timor-Leste, onde a expectativa média de vida subiu dos 50 para os 66 anos; e Ruanda, dos 48 para os 65 anos. De forma geral, a expectativa média de vida aumentou seis anos em todo o mundo: uma menina nascida em 2012 pode viver até aos 73 anos e um rapaz, até aos 68. Continuar lendo

A emergência dos emergentes

Há apenas alguns anos os emergentes eram um pilar da economia mundial; agora, são uma ameaça

Os países emergentes são como os adolescentes: propensos aos acidentes. Caem, escorregam, se empurram, correm riscos desnecessários… Lógico que, tal como demonstraram há pouco os EUA e a Europa, às vezes as nações maduras também se comportam de maneira imatura. Seus acidentes são menos frequentes, mas quando acontecem são de enormes proporções. O mundo ainda está pagando com o desemprego e a pobreza as irresponsáveis audácias financeiras de bancos, Governos e consumidores dos países mais ricos. E agora surge uma crise nos emergentes, esses países de menores rendimentos cujas economias e o bem-estar da população vinham expandindo a um ritmo sem precedentes.

Há duas perguntas de cujas respostas depende o prognóstico da economia mundial. Primeira: contagiarão as economias emergentes as economias dos países desenvolvidos ? Segunda: os investidores diferenciarão os países emergentes “bons” dos “maus”? Em outras palavras, retirarão seu dinheiro e deixarão de investir por um tempo em todos os países emergentes sem fazer distinções ou serão seletivos? Mas o que significa “mau” ou “bom” neste caso? Um governo “mau” é aquele que sofre de necrofilia ideológica: um apaixonado amor por ideias mortes; por enfoques que foram provados e que fracassaram repetidamente, mas pelos quais os poderosos sentem uma irresistível atração. Um governo “bom”, em mudança, aprende com os erros e tende a adotar políticas que dão resultados e são sustentáveis no tempo. Continuar lendo

Choque entre os gigantes asiáticos por oito ilhas desabitadas

A situação no mar da China Oriental é colocada no vermelho depois da decisão de Pequim de ampliar unilateralmente seu espaço aéreo

A decisão unilateral da China de estabelecer uma zona de controle do trafego aéreo, que inclui as oito ilhas desabitadas em disputa com Tóquio, incertas no acordo de defesa mútua entre Japão e Estados Unidos, colocou no vermelho vivo a situação no mar da China Oriental. Pequim ordenou ontem à noite que seus aviões militares realizassem voos “rotineiros de controle” nesse espaço, depois que aeronaves dos Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul decidiram se fazer de surdas à bravata chinesa e adentraram no que se conhece na gíria aeronáutica internacional como ADIZ (Air Defense Identification Zone). Continuar lendo

A ascensão de um gigante inseguro

A China está longe de ser um membro maduro da comunidade internacional

Quando a economia chinesa superar a dos Estados Unidos e se converter na maior do mundo (em algum momento daqui a alguns poucos anos), o país terá cimentado sua condição de grande potência militar (potência que em seu afã de afirmação estratégica desperta o temor de seus vizinhos). Mas o verdadeiro é que a ascensão da China é a ascensão de uma potência solitária e vulnerável, que enfrenta sérios obstáculos no plano interno.

A China se encontra neste momento rodeada de bases militares e aliados dos Estados Unidos. Embora os países asiáticos em sua maioria estejam interessados em manter e inclusive alargar seus laços econômicos com a China, nenhum (com exceção da Coreia do Norte, que depende da ajuda chinesa) está disposto a aceitar que ela seja a principal potência regional. De fato, a entrada na cena internacional de atores como Indonésia e Índia, aliados dos Estados Unidos, se deve em grande parte à ascensão da China. Continuar lendo

10 países avançados com problemas extremamente primitivos

Todos nós já ouvimos a expressão “problemas de primeiro mundo”, irmão mais velho do “classe média sofre”. É um meme do Twitter, uma alfinetada desdenhosa dirigida a quem fica decepcionado porque seu moccachino não tinha era espuma o suficiente (ou qualquer outra coisa do gênero, que certamente não é um problema de verdade em face a outros muito piores). E embora os países mais avançados de fato tenham “problemas” que fariam as outras nações chorarem de inveja, existem algumas áreas onde até mesmo os ricos poderiam usar uma mão amiga. Confira:

10. A Rússia é um paraíso de senhores de escravos

Continuar lendo

EUA atacam ‘capitalismo de Estado’ da Ásia

Países asiáticos como China, Malásia, Vietnã e Cingapura levantaram sua econômicas com um modelo de ‘capitalismo de Estado’, em que órgãos públicos apoiam ativamente suas transnacionais. Mas esse modelo está agora sob risco diante das negociações do Acordo de Associação Trans Pacífico, um tratado comercial e de investimentos impulsionado pelos EUA e que é negociado à portas fechadas.

Martim Khor – Rede do Terceiro Mundo

Numerosos livros e artigos têm se ocupado do contraste e da competição entre os atuais modelos econômicos asiático e ocidental. O exitoso modelo asiático de “capitalismo impulsionado pelo Estado” se vê agora ameaçado pelo Acordo de Associação Trans Pacífico (TPPA, na sigla em inglês).

Continuar lendo

Entenda a cronologia da escalada de tensões entre as Coreias

Teste nuclear realizado em 12 de fevereiro pela Coreia do Norte foi sucedido por uma série de ameaças destinadas à Coreia do Sul e aos Estados Unidos

7 de abril – Turistas assistem ao ritual tradicional de troca da guarda em frente ao antigo palácio no centro de Seul. Mesmo com a tensão que cerca a região, os sul-coreanos parecem inabaláveis Foto: AFP

Em 12 de fevereiro de 2013, a Coreia do Norte realizou o terceiro teste nuclear de sua história , dando a largada para uma escalada da retórica belicista e ameaças de ataque norte-coreanas contra a Coreia do Sul e os Estados Unidos.

A comunidade internacional reagiu ao teste com uma condenação veemente e promessa de resposta firme em caso de qualquer agressão militar. Contudo, o regime norte-coreano do jovem líder Kim Jong-un iniciou em fevereiro a divulgação de uma série de vídeos um deles ainda antes do teste, com ameaças de ataque aos Estados Unidos.

Continuar lendo

Compare as forças militares da Coreia do Norte e da Coreia do Sul

Coreia do Norte possui vantagem numérica em termos de homens que compõe seu Exército e de arsenal militar, mas especialistas dizem que treinamento de pessoal é precário e o equipamento é antigo

7 de abril – Imagem mostra um cachorro militar norte-coreanos atacando um boneco com a foto do Ministro de Defesa da Coreia do Sul Kim Kwan-Jin Foto: Reuters

Em decorrência da mais recente troca de farpas entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul, muito tem se falado sobre a capacidade nuclear de ambos os países e sobre os cenários que emergiriam em caso de um eventual conflito armado. Com auxílio de agências internacionais e relatórios de organizações que estudam movimentos militares, o Terra preparou uma comparação do poderio militar de cada país.

Continuar lendo

Saiba o que está por trás da retórica agressiva da Coreia do Norte

7 de abril – Imagem mostra um cachorro militar norte-coreanos atacando um boneco com a foto do Ministro de Defesa da Coreia do Sul Kim Kwan-Jin Foto: Reuters

Nenhum lugar do mundo é como a Coreia do Norte, e nada se assemelha à sua retórica.

Acompanho a propaganda política de Pyongyang desde os anos 1960. É uma tarefa deprimente, avivada por um estranho sorriso irônico.

A maioria da prosa de Pyongyang é pesada e estridente. Bravatas e hipérboles, além de idolatria, são recursos comuns, exaltando ou ameaçando incessantemente.

Continuar lendo

Brasil é o 21º país que mais exporta armamentos

O Brasil subiu dez posições na lista dos países que mais exportaram armas convencionais (aviões de combate, tanques, veículos armados, helicópteros, artilharia, mísseis, entre outros) entre 2008 e 2012. No período, as exportações nacionais no setor aumentaram 167%, na comparação com o período de 2003-2007. Com isso, o País passou de 31º maior exportador, para 21º, segundo relatório do Stockholm International Peace Research Institute (SIPRI), publicado na noite deste domingo 17, ao qual CartaCapital teve acesso com exclusividade no Brasil.

Continuar lendo