Por que fazemos guerras: As 10 teorias mais importantes sobre as causas da guerra

Ainda que, observando a situação com um pouco de perspectiva, guerras pareçam fazer pouco ou nenhum sentido, elas também são parte da condição humana. Temos registros de guerras antes mesmo do surgimento da escrita, e há até mesmo evidências de que alguns animais, como os chimpanzés e formigas, também guerreiam. Mas por que fazemos isso? Aqui estão dez das mais importantes teorias.

1. A hipótese do guerreiro masculino

1
Formulada por um grupo de psicólogos evolucionistas, esta hipótese sugere que os homens evoluíram em seres violentos e bélicos a fim de garantir o acesso a mulheres e outros recursos. Essencialmente, formar coalizões violentas com outros homens era uma estratégia de acasalamento. O que fosse mais bem-sucedido na “coligação de guerra” seria o que se daria melhor no quesito “passar seus genes para frente”. Continuar lendo

A história do ódio no Brasil

Se tivesse nascido no Brasil, Gandhi não seria um homem sábio, mas um “bundão” ou um “otário”

Por Fred Di Giacomo

As decapitações que chocam nos presídios eram moda há séculos e foram aplicadas em praça pública para servir de exemplo nos casos de Tiradentes e Zumbi

“Achamos que somos um bando de gente pacífica cercados por pessoas violentas”. A frase que bem define o brasileiro e o ódio no qual estamos imersos é do historiador Leandro Karnal. A ideia de que nós, nossas famílias ou nossa cidade são um poço de civilidade em meio a um país bárbaro é comum no Brasil. O “mito do homem cordial”, costumeiramente mal interpretado, acabou virando o mito do “cidadão de bem amável e simpático”. Pena que isso seja uma mentira. “O homem cordial não pressupõe bondade, mas somente o predomínio dos comportamentos de aparência afetiva”, explica o sociólogo Antônio Cândido. O brasileiro se obriga a ser simpático com os colegas de trabalho, a receber bem a visita indesejada e a oferecer o pedaço do chocolate para o estranho no ônibus. Depois fala mal de todos pelas costas, muito educadamente. Continuar lendo

2013: o que mudou de fato no mundo?

O mais importante foi a mudança de clima no cenário mundial. Desde o triunfo na guerra fria, os EUA militarizavam os conflitos. Não foi assim com Síria e Irã.

por Emir Sader

Como sempre, se acumulam uma quantidade de fatos – entre mortes, eleições, sublevações, etc. – que se destacam jornalisticamente no mundo, mas dificultam a compreensão das alterações nas relações de poder, as que efetivamente contam na evolução da situação internacional.

No emaranhado de acontecimentos, o mais importante foi a mudança de clima no cenário internacional. Desde que triunfou na guerra fria, os EUA tem tido como postura diante dos conflitos internacionais, sua militarização. Transferir para o campo em que sua superioridade é manifesta, tem sido a característica principal da ação imperial dos EUA. Foi assim no Afeganistão, no Iraque, por forças intermedias na Líbia. E se encaminhava para ser assim nos casos da Síria e do Irã. Continuar lendo

Para que servem as negociações entre israelenses e palestinos?

Autoridade Palestina e governos de EUA e Israel têm diversos objetivos por trás da retomada do diálogo

Em vista do ceticismo generalizado sobre a possibilidade de sucesso da nova rodada de negociações entre israelenses e palestinos, que terá inicio nesta quarta-feira (14/08), muitos analistas se perguntam o que leva as três partes envolvidas (o governo israelense, a Autoridade Palestina e o governo norte-americano) a reiniciar o diálogo.

De acordo com o plano do secretário de Estado norte-americano, John Kerry, dentro de nove meses as negociações deverão levar à solução do conflito entre os dois povos, que já dura cerca de 130 anos.

Continuar lendo

Entre o êxodo e a perda de vidas

No decorrer dos últimos 20 anos, cerca de 2,5 milhões de afegãos perderam suas vidas em diversos conflitos. Atualmente, o Afeganistão é o país de maior êxodo do mundo e estima-se que a maior parte dos refugiados afegãos se encontre em países vizinhos, como o Irã e o Paquistão, e que representem 6,3 milhões de pessoas

Luciana Garcia de Oliveira

Continuar lendo

Israel vive dilemas de sociedade murada

O país, apesar de vigoroso e sólido, vive complexas e profundas contradições desde sua fundação, em 14 de maio de 1948

O aeroporto Ben-Gurion, principal porta de entrada para Israel, fica encravado no meio do caminho entre Jerusalém e Tel Aviv. Uma auto-estrada ampla, de quatro pistas, asfaltada com requinte, conduz os recém-chegados para qualquer um dos lados. A leste, para quem se destina ao centro religioso do planeta. A oeste, para uma cidade mediterrânea e cosmopolita.

Cena cotidiana à beira do mar em Tel Aviv. Economia de Israel cresceu, na última década, a um ritmo médio de 3,4%/ano

Continuar lendo

Será possível usar um Smartphone sem culpa?

Há quase duas décadas, fabricantes dos telefones sabem que extração das matérias-primas, no Congo, envolve crimes brutais. Quase nada fizeram

Por George Monbiot, no The Guardian | Tradução: Cauê Ameni

Quem se conecta demais, para de pensar. Os apelos, o imediato, a tendencia de absorver rapidamente o pensamento de outras pessoas, interrompem a abstração profunda, necessária para encontrar seu próprio pensamento. Essa é uma das razões pelas quais ainda não comprei meu smarthphone. Mas é cada vez mais difícil resistir aos avanços tecnológicos. Talvez eu acabe sucumbindo este ano. Por isso, lancei a mim mesmo uma questão simples: posso comprar um smartphone produzido eticamente?

Continuar lendo

Violência contra a mulher atinge até 70% da população em alguns países, alerta ONU

Comissão da ONU sobre mulheres deu início, em Nova York, a sessão anual com chamada pelo fim da violência de gênero

Jan Eliasson: “eliminação da violência contra as mulheres e meninas também é uma questão intrinsecamente ligada ao desenvolvimento e à paz” (Foto: Divulgação)

A comissão das Nações Unidas com foco nas mulheres iniciou nesta segunda-feira, 04, sua sessão anual com uma chamada para eliminar a violência contra as mulheres e meninas, um flagelo global que afeta milhões em todo o mundo.

“Acabar com a violência contra as mulheres é uma questão de vida e morte”, disse o Vice-Secretário-Geral da ONU, Jan Eliasson, na abertura da sessão de duas semanas da Comissão sobre o Status da Mulher, em Nova York. “O problema permeia todos os países, mesmo nas regiões mais estáveis e desenvolvidas.”

Eliasson ressaltou que são necessárias múltiplas abordagens para resolver esta questão, desde governos implementando políticas para capacitar as vítimas e perseguir penalmente os agressores, até a criação de uma cultura em que os estereótipos de gênero sejam quebrados ao incentivar os homens e meninos a tomar uma parte equitativa das responsabilidades em sua casa e famílias.

Continuar lendo

Drones: dossiê sobre uma guerra suja

Como EUA executam, sem julgamento, supostos “inimigos”. Por que civis são alvo. De onde partem ataques. Que precedentes programa abre

Por Cora CurrierProPublica | Tradução Vila Vudu

É possível que você já tenha ouvido falar das “kill lists” – listas de nomes de pessoas a serem assassinadas. Certamente você já ouviu falar dos drones. Mas os detalhes da campanha que os EUA movem contra militantes no Paquistão, no Iêmen e na Somália – peça chave da abordagem que o governo Obama optou por dar à segurança nacional – permanecem envoltos em segredo. Aqui oferecemos um guia do que já sabemos e do que ainda não sabemos.

Continuar lendo

Número de refugiados bateu recorde em 2011, revela ONU

Segundo agência da ONU, Afeganistão lidera lista, com 2,7 milhões de refugiados, seguido pelo Iraque, com 1,4 milhão

GENEBRA – Um total de 800 mil pessoas fugiram de seus países de origem em 2011, o maior número registrado nos últimos 11 anos, segundo o informe do escritório do Alto Comissionado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), divulgado nesta segunda-feira, 18. Continuar lendo