Síria, entenda a crise e os conflitos.

Introdução

A mais sangrenta e violenta das Revoltas da chamada “Primavera Árabe” visando derrubar ditadores no mundo árabe (a luta teve início em março de 2011). 

Mais de 100 mil pessoas já morreram desde o início do conflito na Síria, há mais de dois anos, afirmou nesta quarta-feira o Observatório Sírio para Direitos Humanos, baseado em Londres. Segundo o grupo, um total de 100.191 pessoas morreram nos 27 meses de conflito. Desse número, 36.661 são civis.

No lado do governo, 25.407 são membros das forças armadas do presidente Bashar Assad, 17.311 são combatentes pró-governo e 169 são militantes do grupo libanês Hezbollah, que têm lutado ao lado das tropas do Exército. Entre os oponentes de Assad, morreram 13.539 rebeldes, 2.015 desertores do Exército e 2.518 combatentes estrangeiros.

No início do mês, a Organização das Nações Unidas afirmou que o número de mortos nos conflitos estava em 93 mil entre março de 2011 até o fim de abril deste ano.

O governo não divulgou números oficiais. A imprensa estatal publicava os nomes dos mortos no lado do governo nos primeiros meses de conflitos, mas depois interrompeu as publicações.  Continuar lendo

A delicada paz entre Armênia e Azerbaijão

Vinte anos após a tomada de Shushi por tropas armênias, o cessar-fogo é mais precário do que nunca nas montanhas do Nagorno-Karabakh. O rápido rearmamento do Azerbaijão levanta o temor de uma retomada dos combates. Os dois povos pagam um preço alto pelo impasse político e diplomático

por Philippe Descamps

“Não olhe por mais de quinze segundos.” Uma pequena abertura de concreto permite perceber furtivamente uma linha de fios de arame farpado e, a menos de 200 metros, a primeira linha de soldados do Azerbaijão. No fundo dessa trincheira do setor de Askeran, no lado armênio, tudo lembra uma cena da Primeira Guerra Mundial: modestas casamatas, sacos de areia, um pequeno fogão à lenha e algumas ridículas latas enferrujadas para sinalizar uma intrusão noturna. Os três soldados desse posto têm 20 anos. Eles vêm da capital Erevan. O oficial deles encontrou a frente relativamente calma hoje…

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Cresce debate em Israel sobre criação de Estado binacional com Palestina

Especialistas acreditam que, com os quase 200 assentamentos israelenses na Cisjordânia, a separação torna-se cada vez mais impossível

Ativista segura bandeira palestina perto de uma tenda recém montada no vilarejo de Beit Iksa, na Cisjordânia, entre Ramallah e Jerusalém Foto: Mohamad Torokman / Reuters

Em vista da paralisação do processo de paz entre israelenses e palestinos e da crescente colonização dos territórios ocupados, a solução baseada em dois Estados torna-se mais distante e a discussão sobre a possibilidade de que os dois povos vivam juntos em um Estado binacional faz-se mais frequente.

Desde a assinatura do acordo de Oslo, pelo lider palestino Yasser Arafat e pelo primeiro-ministro de Israel Itzhak Rabin, em 1993, o número de colonos israelenses que vivem na Cisjordânia quase quadriplicou. De 100 mil colonos naquela época, a população israelense nos territórios ocupados cresceu para cerca de 380 mil.

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