Seis olhares sobre o reconhecimento da Palestina na ONU

Roxanne Horesh – Al Jazeera

Uma delegação de líderes palestinos voou para Nova York para a abertura da Assembleia Geral da ONU, que começou em 19 de setembro, para requerer a participação de um estado palestino como membro pleno da organização.

Altos oficiais da Organização para Libertação da Palestina (OLP) disseram que iriam ao Conselho de Segurança. À proposta palestina opõem-se Israel e Estados Unidos, com o último ameaçando vetar qualquer proposta de participação plena na ONU.

Esse movimento diplomático de alto risco chamou a atenção internacional e atraiu controvérsia. Especialistas e analistas dizem que o destino da proposta é incerto. Eles concordam que marca uma mudança de estratégia, frente às negociações bilaterais anteriores, que até agora fracassaram em trazer à tona um estado palestino. Continuar lendo

Com críticas ao capitalismo e consumismo, Mujica faz discurso épico na ONU

“O deus mercado organiza a economia, a vida e financia a aparência de felicidade”, diz presidente do Uruguai

As palavras-chave do discurso de Mujica

O discurso do presidente do Uruguai, Pepe Mujica, na 68ª Assembleia Geral da ONU, surpreendeu ao criticar o “inútel” bloqueio a Cuba, o “deus mercado” e a própria Nações Unidas: “Talvez nosso mundo necessite menos de organismos mundiais, desses que organizam fórums e conferências, que servem muito às cadeias hoteleiras e às companhias aéreas e, no melhor dos casos, não reúne ninguém e transforma em decisões…Bloqueiam esta ONU que foi criada com uma esperança e como um sonho de paz para a humanidade….A ONU, nossa ONU, enlanguece, se burocratiza por falta de poder e de autonomia, de reconhecimento e, sobretudo, de democracia para o mundo mais fraco que constitui a maioria esmagadora do planeta.” Continuar lendo

EUA fizeram do Laos país mais infestado por explosivos em todo o mundo

Entre 1965 e 1973, as forças norte-americanas lançaram sobre o Laos quase 80 milhões de submunições

Nas Américas, apenas dois países, Estados Unidos e Cuba, não aderiram ao Tratado de Ottawa, que proíbe a produção, a armazenagem, o uso e a venda de minas anti pessoal (as mina anti veículos continuam permitidas), além de estipular prazos para a desminagem e obrigar os países minados a executarem programas de educação sobre o risco das minas para a população civil, sinalizar campos minados e prestar assistência às vítimas.

Voluntária do Mines Advisory Group faz trabalho de desminagem de área rural no Laos, na fronteira com o Vietnã

Voluntária do Mines Advisory Group faz trabalho de desminagem de área rural no Laos, na fronteira com o Vietnã

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ESPECIAL OPERA MUNDI SOBRE OS 30 ANOS DA GUERRA DAS MALVINAS – 4 reportagens a respeito do conflito

Disputa pelas Malvinas ainda coloca Argentina e Reino Unido em jogo de orgulho e conveniência

Para analistas, guerra atrasou negociações, que agora estão em um beco sem saída; autodeterminação dos moradores deverá ser considerada

Um mapa da América do Sul estampa um grande cartaz na entrada de um supermercado das ilhas Malvinas. No entanto, o espaço entre o Chile e as fronteiras do Uruguai, Brasil e Paraguai é preenchido em azul, sem delimitação com o sul do Oceano Atlântico, sob a inscrição “Shit Sea”. Um bar chamado “Victory” confeccionou canecas com a imagem, mas traduziu a provocação: “Mierda Sea”.

Confeccionadas especialmente às vésperas do aniversário da guerra, as mensagens deixam clara a posição majoritária entre os habitantes da capital Porto Stanley: não querem ser as Malvinas Argentinas e sim as Falklands britânicas.

Nesta segunda-feira (02/04), o conflito entre Argentina e Reino Unido pela soberania das ilhas completa 30 anos, em meio à escalada retórica dos últimos meses, que agora opõe a presidente Cristina Kirchner e o primeiro-ministro David Cameron. Os motivos são semelhantes aos que culminaram com o confronto militar de 1982: orgulho, soberania, nacionalismo e interesses políticos. Continuar lendo

ESPECIAL QUESTÃO PALESTINA – 3ª PARTE – duas matérias sobre a busca Palestina pelo reconhecimento da ONU

Entenda a tentativa palestina de se tornar membro efetivo da ONU

Na próxima semana, Abbas deve reivindicar o reconhecimento internacional do Estado palestino

Na próxima semana, durante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, pedirá a inclusão da Palestina como membro-pleno do órgão internacional. O presidente palestino deve reivindicar também o reconhecimento internacional do Estado com as fronteiras de 1967 e com Jerusalém Oriental como capital. Continuar lendo