Cuba: 50 verdades que Yoani Sánchez ocultará

Blogueira faz turnê mundial de 80 dias em cerca de 12 países do mundo para falar sobre Cuba. Mas não dirá tudo…

A famosa opositora está realizando uma turnê mundial de 80 dias em cerca de doze países do mundo para falar sobre Cuba. Mas não dirá tudo…

1. O artigo 1705 da Lei Torricelli, de 1992, adotada pelo Congresso norte-americano, estipula que: “Os Estados Unidos fornecerão apoio a organizações não-governamentais apropriadas, para apoiar indivíduos e organizações que promovam uma mudança democrática não-violenta em Cuba”.

2. O artigo 109 da Lei Helms-Burton, de 1993, aprovada pelo Congresso, confirma essa política: “O Presidente [dos EUA] está autorizado a proporcionar assistência e oferecer todo tipo de apoio a indivíduos e organizações não-governamentais independentes para apoiar os esforços com vistas a construir a democracia em Cuba”.

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Após fugir da pobreza, milhares de haitianos enfrentam discriminação no Chile

Subempregos e preconceito racial são realidades cotidianas dos imigrantes no país sul-americano

A entrevista com o presidente da OSHEC (Organização Sociocultural dos Haitianos do Bairro Estación Central) estava marcada para as 13h. Adneau Desinord, de 27 anos, precisava daquela manhã para descansar, depois de cobrir o turno da madrugada, no posto de gasolina onde trabalha como frentista, em Santiago.

Desde sua chegada, Youry Fillien atrai clientela feminina para comércios da região de seu restaurante de comida haitiana

Às 8h, pouco depois de deixar o trabalho, Desinord liga pedindo para adiantar a conversa para as 9h30. Seu chefe havia pedido que voltasse para cumprir o horário das 14h às 20h. “Não posso dizer que não, para não perder o trabalho, e também porque se não faço turnos extras. Não sobra nada além do dinheiro para os gastos básicos”, se justifica.

Desinord vive no Chile desde 2009. Os sacrifícios laborais não são algo raro em sua vida e a mesma regra serve para a maioria dos haitianos que vivem no país. “Estamos sempre sujeitos às piores tarefas, horários e condições”. Entre os cerca de 300 compatriotas associados à OSHEC, são raros os que não possuem experiências profissionais degradantes, afirma o presidente.

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Alemães impedem demolição de último trecho original do muro de Berlim

Construtora quer levantar um condomínio de luxo no local; processo deve ser retomado nos próximos dias

Apenas um pequeno pedaço do muro foi retirado nesta sexta-feira, onde foram colocadas dezenas de mensagens

Moradores de Berlim protestaram nesta sexta-feira (01/03) contra a demolição de um trecho do muro que dividiu a cidade durante a Guerra Fria. Tratado como patrimônio cultural e histórico da cidade, o East Side Gallery, repleto de grafittis emblemáticos, está na mira de uma construtora que pretende levantar um condomínio de luxo às margens do rio Spree, que corta a cidade.

A demolição do muro começaria pela manhã, mas cerca de 300 manifestantes conseguiram impedir momentaneamente o trabalho dos guindastes, que retiraram apenas um pedaço da parede, de cerca de um metro e meio de largura. Nele há um graffiti do Portão de Brandemburgo. Nas frestas foram enfiadas notas falsas de 100 euros, em crítica à especulação imobiliária, e deixadas dezenas de mensagens de protesto contra sua eventual demolição.

“Nossa história não é bonita, mas não pode ser jogada fora”, dizia uma delas. “Parem com a demolição. Ninguém precisa de condomínios de luxo aqui.”

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Uma terrível normalidade: os massacres e as aberrações da História

Nós precisamos nos esforçar de toda forma possível pelo desenrolar revolucionário, uma revolução de democracia

Ao longo de boa parte da história, o anormal tem sido a norma, Este é o paradoxo que vamos examinar. Aberrações, tão abundantes que formam uma terrível normalidade própria, caem sobre nós com uma consistência medonha.

A quantidade de massacres na história, por exemplo, é quase maior do que nós podemos nos lembrar. Houve o holocausto do Novo Mundo, que consistiu no extermínio de povos indígenas americanos nativos por todo o hemisfério ocidental, estendendo-se por quatro ou mais séculos e continuando até tempos recentes na região amazônica.

Foram séculos de escravidão cruel nas Américas e em outros lugares, seguidas por um século inteiro de linchamentos a da segregação de Jim Crow nos Estados Unidos, e pelos numerosos assassinatos e prisões da juventude negra pela polícia atualmente.

Linchamento público de Henry Smith, negro norte-americano morto por espancamento em 1893 em Paris, Texas

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Uma Primavera Vaticana?

Se o próximo conclave eleger um papa que siga pela mesma velha estrada, o catolicismo poderá entrar em uma nova era do gelo, correndo o risco de encolher a ponto de se tornar uma seita, prevê teólogo

A Primavera Árabe abalou diversos regimes autocráticos. Com a renúncia do papa Bento XVI, não seria possível ocorrer algo semelhante dentro da Igreja Católica Romana – uma Primavera Vaticana?

Conclave deve escolher novo papa

Naturalmente o sistema da Igreja Católica se assemelha menos ao da Tunísia ou Egito que ao de uma monarquia absoluta como a Arábia Saudita. Tanto na Igreja como na Arábia Saudita não ocorreu nenhuma reforma autêntica, apenas concessões de menor importância. Em ambos os casos, a tradição é mantida em oposição à reforma. Na Arábia Saudita, essa tradição remonta a apenas dois séculos. No caso do papado, a 20.

Mas, trata-se de uma tradição real? Na verdade, durante um milênio a Igreja não teve um papado monarquista absolutista como conhecemos hoje. Continuar lendo