Segundo agência da ONU, Afeganistão lidera lista, com 2,7 milhões de refugiados, seguido pelo Iraque, com 1,4 milhão
GENEBRA – Um total de 800 mil pessoas fugiram de seus países de origem em 2011, o maior número registrado nos últimos 11 anos, segundo o informe do escritório do Alto Comissionado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), divulgado nesta segunda-feira, 18.

Mulher e criança curdas no campo de refugiados de Domiz, no Iraque
Os principais motivos para que abandonassem seus países foram as crises humanitárias, conflitos e violência. “Em 2011 se viu um sofrimento de tamanho memorável. Isso implica enormes custos pessoais para todos aqueles que foram afetados”, afirmou o Alto Comissário da ONU, Antonio Guterres.
Apesar disso, Guterres comemorou o fato de no ano passado a comunidade internacional ter respondido às necessidades dos refugiados mantendo, por exemplo, suas fronteiras abertas.
“Turquia, Iraque, Líbano e Jordânia mantiveram suas fronteiras abertas aos refugiados sírios, da mesma forma como tem sido feito pelos países vizinhos de Mali”, destacou o Alto Comissário.
Segundo seu ponto de vista, o retorno dessas pessoas a seus países de origem “teve bastante êxito”, o que permitiu que o número total de refugiados diminuísse ligeiramente e passasse de 10,5 milhões em 2010 para 10,4 milhões em 2011.
Os países dos quais mais pessoas saíram são Afeganistão, com 2,7 milhões de refugiados; seguido pelo Iraque, com 1,4 milhão; Somália com 1,1 milhão; Sudão com 500 mil; e República Democrática do Congo com 491 mil.