Contruindo uma Instituição do Comum (Tradução)

Construindo uma Instituição do Comum – Entrevista (Traduzido por Bruno Stehling)

Original em inglês no site http://prekariatet.se/text/building-institution-common/

Entrevista com Gigi Roggero da Edu-factory

“O que antes era a fábrica, hoje é a universidade”, afirma o coletivo internacional Edu-factory, que começou como uma lista de emails de 500 estudantes, ativistas e pesquisadores de todo o mundo. Eles argumentam que no capitalismo cognitivo de hoje, experimentamos a transformação da organização vertical do conhecimento em captura e expropriação de conhecimento comum após sua produção. Esta apropriação e exploração dos conhecimentos produzidos em comum abre uma possibilidade de autonomia da produção de conhecimento. O fato de que hoje o conhecimento é produzido no comum também torna possível nos re-apropriarmos dele. A tentativa do Edu-Factory de criar uma universidade autônoma global é uma forma de recuperar tal conhecimento comum. O Edu-Factory escreve: “prática teórica é sempre prática política, e prática política não é apenas prática teórica”. Eles alegam que não há produção de conhecimento que não seja política. A teoria é sempre um campo de luta e em tempos de “capitalismo cognitivo”, talvez um dos mais importantes. Nós nos encontramos com Gigi Roggero, um dos fundadores do coletivo Edu-factory, na conferência “Trabalho da Multidão” (Labour of the Multitude), em Varsóvia, para falar sobre o Edu-Factory, as lutas recentes da universidade e dos trabalhadores precários, bem como as idéias sobre educação autônoma. Continuar lendo

Prisão de Guantánamo completa dez anos

Apesar da promessa de Obama na eleição de 2008, não há expectativa de que ela seja fechada

Nesta quarta-feira (11/01), um polêmico capítulo na história da luta pelos direitos humanos em âmbito internacional completa dez anos. A prisão norte-americana de Guantánamo, no sudeste de Cuba, chega a uma década de funcionamento e sem qualquer previsão para o encerramento de suas atividades.

Ativistas pelos direitos humanos protestam contra o funcionamento da prisão, em Londres

Ativistas pelos direitos humanos protestam contra o funcionamento da prisão, em Londres

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A Metrópole Global: Economia da Dívida e o Leviatã Imobiliário

Favela da Rocinha no Rio

Favela da Rocinha no Rio

As metrópoles brasileiras testemunham a maior escassez de imóveis para alugar em dez anos, o que ajuda a entender o violento aumento de seu preço nos últimos tempos. Evidentemente, a crise imobiliária não se restringe ao Brasil, embora aqui, por óbvias circunstâncias históricas, estejamos às portas de uma situação limite: os milhões de brasileiros que vivem nas ruas ou em áreas irregulares são aquelas pessoas que foram, simplesmente, deixadas para morrer ao relento, mas que de alguma forma lutam nessa circunstância ou no locus definitivo de resistência urbana, a Favela. Continuar lendo

A possível batalha pelo Estreito de Ormuz

Depois de ouvir ameaças dos EUA durante anos, o Irã está tomando medidas que sugerem que considera fechar o Estreito de Ormuz e que tem capacidade para fazê-lo. Dia 24/12/2011, o Irã iniciou exercícios navais (Operação Velayat-90) no e à volta do Estreito de Ormuz, do Golfo Pérsico e Golfo de Omã (Mar de Omã), ao Golfo de Aden e Mar da Arábia.

Desde o início daqueles exercícios, cresce a guerra de palavras entre Washington e Teerã. Mas nada do que o governo Obama ou o Pentágono disseram ou fizeram, até agora, dissuadiu Teerã de dar prosseguimento aos seus exercícios navais.

À parte ser ponto vital de trânsito para recursos energéticos globais e gargalo estratégico, dois outros aspectos devem ser considerados quando se analisa o Estreito de Ormuz e a importância que tem para o Irã:

(1) a própria geografia do Estreito; e

(2) o papel do Irã na co-administração do estreito, nos termos da legislação internacional e das leis nacionais iranianas. Continuar lendo

Evolução humana também pode ter ocorrido fora da África

Dente encontrado na Bulgária pode fazer com que os cientistas revejam a origem geográfica da evolução humana

por Anderson Estevan
Os dentes molares de sete milhões de anos encontrados na Bulgária revelam que os ancestrais dos humanos consumiram sementes, nozes e outros alimentos duros. Isso significa que parte significativa da evolução pode ter acontecido na Europa

Os dentes molares de sete milhões de anos encontrados na Bulgária revelam que os ancestrais dos humanos consumiram sementes, nozes e outros alimentos duros. Isso significa que parte significativa da evolução pode ter acontecido na Europa

Dentes com mais de sete milhões de anos podem fazer com que os cientistas revejam a teoria de que os ancestrais dos seres humanos evoluíram na África e então partiram para conquistar o mundo. Pelo menos é o que acreditam os pesquisadores da Universidade de Tübigen, na Alemanha, que propõem que partes significativas da evolução humana podem ter ocorrido na Europa e Ásia Ocidental. Continuar lendo