Os principais temas internacionais da atualidade foram debatidos neste final de semana em Vitória por uma turma mais que engajada nos assuntos geopolíticos do mundo. Alunos de uma faculdade e de escolas particulares da Grande Vitória vivenciaram a rotina de um delegado da Organização das Nações Unidas (Onu) que defende os interesses de seu país mediante as assembleias gerais do órgão. Temas como a utilização de células-tronco e o combate ao narcoterrorismo na América Latina estavam entre os assuntos discutidos.
Engana-se quem pensa que as discussões ficaram só em conversas de grupos. Os estudantes encorporam todas as características diplomáticas de um delegado da Onu. Até mesmo na forma de se vestir: homens e mulheres com trajes sociais. O estudante Tarcísio Luiz Gonçalves representou o Reino Unido na discussão sobre a disputa do Ilhéu rochoso de Rockall, uma ilha localizada no Oceano Atlântico, disputada entre o Reino Unido, Irlanda, Islândia e Dinamarca.
“Esse trabalho é muito importante, a gente acaba estudando e aprendendo muito sobre o país que a gente representa e também sobre os outros. Nós temos que estar sempre atualizados com tudo que acontece no mundo”, disse Tarcísio.
O estudante do 5º período de relações internacionais, Luã Bustamante, desempenhou o papel de chefe da Organização do Tratado do Atlântico Norte e coordenou as discussões dos países membros da Otan sobre uma possível 3ª guerra mundial. Para Luã, o projeto no Estado é uma grande escola para quem pretende seguir a carreira diplomática.
“Eu estudo essa área de diplomacia e tratados internacionais. Esse projeto é uma oportunidade incrível de aprendizado a todos que pleiteiam, que querem um dia seguir a carreira diplomática. Aqui a gente vivencia o que realmente um diplomata faz”, contou Luã.
O professor e coordenador do projeto Vinícius Francisco Marchesi explicou que esse trabalho estimula o aluno a discutir de fato o que realmente aprende na sala de aula e os acontecimentos atuais. Cerca de 150 estudantes participaram do evento, que terminou neste domingo.
“Tudo isso é voltado para que o aluno aumente seu leque de interesse, tornando-se mais responsável. Ele estará representando todo um país e também que este se torne um protagonista dessa discussão. Com esse trabalho, ele sai da passividade da sala de aula na qual só recebe informação e passa a se posicionar diante de problemas que eles aprenderam nestes últimos tempos”, destacou o professor.